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Agricultura Familiar na Merenda Escolar da Rede Municipal de Ensino

Desde o ano passado, grande parte dos itens do cardápio da Alimentação Escolar das escolas da Rede Municipal estão sendo adquiridos através da Agricultura Familiar. Em todo o ano de 2018, esse percentual ficou em 44%. É uma medida da administração municipal que visa incentivar a alimentação saudável dos estudantes e gerar renda para os trabalhadores do campo.

O cardápio das escolas é pensado mês a mês e se adequa à modalidade de ensino onde é oferecido, levando em conta os nutrientes dos alimentos para atender as necessidades nutricionais. São 7 tipos de cardápio para toda a rede que atendem, inclusive, patologias específicas dos estudantes, como os que possuem intolerância à lactose e glúten, e diabéticos.

Rita de Cássia, nutricionista e coordenadora do Núcleo de Alimentação Escolar (NAE) da Prefeitura explica que no local (núcleo) são recebidos os gêneros alimentícios que são distribuídos nas unidades escolares via roteiros. Além destes roteiros com os itens que incluem arroz, feijão, as escolas recebem diretamente nas instituições os produtos de panificações, pescados e o hortifrutigranjeiro. “É uma variedade de 15 itens de hortifrutigranjeiros, de produtos que são colhidos e já são entregues diretamente nas escolas”.

A secretária de Educação de Rio Grande, Vanessa Pintanel, conta que o hortifrutigranjeiro tem origem direta na Agricultura Familiar de produtores da região. “O projeto que começou a ser implantado no ano passado em 4 escolas, com 3 agricultores cadastrados, se expandiu em 2019. Hoje ele atende 26 escolas da Rede Municipal e possui 15 agricultores fornecendo frutas, legumes e verduras para a alimentação escolar. A alimentação escolar tem um papel fundamental na aprendizagem dos nossos estudantes, não só pela merenda que é distribuída, mas pelos hábitos saudáveis que são construídos no momento da alimentação nas escolas. Aqui no município de Rio Grande nós podemos afirmar que nós temos merenda de qualidade e alimentação escolar de qualidade”, assegura Vanessa.

Os recursos utilizados no programa tem origem no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), investimentos, que com a contratação dos agricultores familiares, permanece no município, gerando emprego e renda para as famílias do campo.

A vice-diretora do turno da manhã do CAIC, uma das escolas que participam do programa, conta como tem sido a rotina de alimentação saudável das crianças e adolescentes atendidos pela instituição. “Receber hortifrútis da agricultura familiar é muito importante pra nós, porque nos possibilita a oferta de um cardápio variado de frutas, verduras e legumes. E, de outra forma, valoriza nossos agricultores da região e beneficia a escola, que sempre recebe alimentos fresquinhos, de qualidade, bonitos, fazendo com que nossas crianças tenham a possibilidade de comer alimentos saudáveis, que por vezes elas nem conheciam”, conta Juliana.

Paulo Francisco, um dos fornecedores de hortifrutis, cultiva sua produção em uma chácara na localidade do Arraial, depois da Vila da Quinta. No fornecimento da semana para a escola ele levou itens como morango, tomate, cebola, abóbora, alface, brócolis, batata doce e cebolinha. O produtor que começou este ano a fornecer para o Núcleo de alimentação Escolar disse que está contente com a oportunidade e garantiu que o retorno em termos de renda está sendo bem viável para ele e para a família.

Assessoria de Comunicação/PMRG

Foto: Divulgação/PMRG

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