Atletas do Paradesporto de Rio Grande são Campeões no 4º Campeonato Estadual de Bocha Paralímpica
A Equipe do Projeto Paradesporto de Rio Grande, conquistou medalhas no Campeonato Estadual de Bocha que ocorreu nos dias 16, 17, 18 e 19 de outubro na cidade de Portão/RS.
O projeto é uma ação da Secretaria de Município da Educação, criado em 2016, que tem o objetivo de oportunizar a prática regular de atividade física esportiva para pessoas com deficiência.
O Paradesporto atende crianças, jovens e adultos, ligados à rede municipal de ensino ou não. Conforme explica um dos professores do Paradesporto, Felipe de Oliveira Motta, “ O Projeto nasceu por não existir uma ação pública que pudesse levar às pessoas com deficiência a prática esportiva de forma regular e gratuita. Em todas as edições do estadual de bocha trouxemos medalhas e conquistas.”
O educador físico explica sobre as atividades de bocha paralímpica “ São atendidos por volta de 50 alunos nos projetos em atividades de bocha paralímpica e atletismo no Paradesporto, ajudando os alunos a melhorarem suas capacidades físicas e de sua saúde geral.”
O Projeto Paradesporto acontece desde 2021 nas dependência do CEU da Lagoa que fica próximo ao Shopping Praça.
Diante das intensas chuvas do mês de maio o Projeto Paradesporto contou com o apoio do Praça Shopping que disponibilizou espaço para os treinos. O CEU da Lagoa é aberto e com as chuvas impossibilita os treinos. Por isso, o apoio do Praça Shopping foi significativo para o grupo treinar.
Confira os resultados:
- Rafaela Madruga – Campeã Classe BC2, tornou-se bicampeã estadual na Classe BC2
- Rodrigo Saldo Alves – medalha de bronze na classe BC3, repetindo o pódio conquistado em 2023.
- Vitória Bittencourt – Campeã Classe BC1, com sua medalha de ouro na Classe BC
- Lucas Leitzke classe BC2 – medalha de participação
O atleta Lucas esteve em seu primeiro campeonato, depois de apenas 3 meses de treinos, e jogou contra atletas bem experientes e jogou de igual com esses atletas. O Lucas tem apenas 17 anos e até então nunca havia participado de competições esportivas.
A equipe ainda contou com o trabalho dos assistentes Valdir Lima, Jackson Pires, Liziane Bittencourt , Andreia Leitzke e dos monitores Bruno Soares e Raquel Soares que foram árbitros na competição e ajudaram os atletas durante a viagem e ainda auxílio dos familiares de Maria Eduarda e Leila Saldo Alves.
O professor Educador Físico, Felipe, conta como é perceber esse reconhecimento dos atletas: “É sempre muito gratificante, até porque não são apenas os resultados esportivos o nosso foco. As oportunidade que esses atletas e famílias passam a ter em viajar, conhecer outras pessoas com deficiência, reconhecer que eles também são capazes e que a deficiência é apenas uma característica. O nosso mundo ainda é muito capacitista e inacessível tanto nas questões físicas quanto nas atitudinais. Então o esporte é ferramenta extremamente importante no processo de inclusão dessa parcela da população que passa a ser vista e reconhecida por aquilo que são capazes e não só pelas dificuldades que possui”.
Jornalista Thuanny Cappellari/RIO GRANDE TEM
Foto: Projeto Paradesporto de Rio Grande
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