Bancada gaúcha e pescadores entregam ao STF Manifesto pelo fim do arrasto no RS
A bancada de parlamentares gaúchos do Congresso Nacional entregará na próxima 3ª feira (14/6) ao secretário-geral do Supremo Tribunal Federal (STF), Pedro Felipe Santos, um Manifesto pedindo urgência na votação do julgamento sobre a pesca de arrasto no Rio Grande do Sul. Liderada pelo deputado federal Giovani Cherini (PL/RS), a delegação contará também com uma comitiva de pescadores. O documento é assinado pela bancada de deputados e senadores do estado, tanto os de partidos de oposição quanto os de apoio ao governo federal.
Na ocasião, os parlamentares e pescadores irão pedir ao secretário-geral que interceda pela emergência da votação da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6218, de 2019, sob relatoria do ministro Kassio Nunes Marques, que questiona o poder do Rio Grande do Sul de legislar sobre a pesca de arrasto no litoral gaúcho entre 3 e 12 milhas da costa. Foram feitas solicitações de reunião diretamente ao próprio ministro para que recebesse o Manifesto, porém todas as tentativas nesse sentido não foram atendidas.
O arrasto no Rio Grande do Sul vem sendo objeto de análise pelo STF desde 2019, embora esteja suspenso no estado desde 2018. A linha do tempo abaixo destaca os principais fatos relacionados a esse processo.
Entenda o histórico
- Dezembro de 2018 – Assembleia Estadual do Rio Grande do Sul aprova a lei 15.223 que proíbe a pesca de arrasto na faixa litorânea até 12 milhas náuticas.
- Setembro de 2019 – Ajuizada ADI 6218, de autoria do Partido Liberal, questionando a constitucionalidade da lei estadual 15.233.
- Dezembro de 2019 – Ministro Celso de Mello julga constitucional a lei estadual 15.223.
- Dezembro de 2019 – Ministro Kassio Nunes Marques, substituto de Celso de Mello no STF, revisa decisão prévia e concede liminar ao Partido Liberal e volta a liberar a pesca de arrasto no RS.
- Abril de 2021 – Governo federal lança o Plano para a Retomada Sustentável da Atividade de Pesca de Arrasto na Costa do Rio Grande do Sul.
- Março de 2022 – Portaria Federal 634/22, da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, autoriza retomada da pesca de arrasto de camarão no estado.
- Abril de 2022 – Justiça Federal da 4ª Região atende a pedido de liminar da Procuradoria-Geral do Estado e suspende o Plano para a Retomada Sustentável da Atividade de Pesca de Arrasto na Costa do RS.
- Maio de 2022 – Lançamento do Manifesto da Bancada Gaúcha em defesa da Lei Estadual nº 15.223/2018, no Congresso Nacional.
- Junho de 2022 – O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) manteve válida liminar que suspendeu a pesca de arrasto no RS.
Assessoria de Comunicação ONG Oceana
Foto: Pixabay
A atividade de pesca de arrasto é extremamente prejudicial ao meio ambiente, pois por onde passa,movimenta o fundo matando a vida ali presente, prejudicando a pesca artesanal profissional.
Desta maneira preservar as 12 milhas é fundamental. Deixem a costa para os artesanais pois seus braços não podem ir mais longe da costa.
Não a liberação da pesca de arrasto, dentro das 12 milhas.