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Boletim Epidemiológico apresenta principais causas da Mortalidade Materna Infantil e Fetal no Estado

Foi lançado, nesta terça-feira (20/6), o Boletim Epidemiológico do Estado do Rio Grande do Sul — Mortalidade Materna Infantil e Fetal, que reúne as informações sobre as principais causas dos óbitos em 2021, incluindo o perfil sociodemográfico. O lançamento ocorreu na reunião do Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento da Mortalidade Materna, Infantil e Fetal (CEPEMMIF), de forma on-line.

O boletim, que conta com dados consolidados, foi elaborado pelo Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde (DAPPS), da Secretaria da Saúde (SES). O conteúdo tem como base o trabalho realizado pelos núcleos de enfrentamento e investigação de mortes maternas, infantis e fetais, organizados por trabalhadores das políticas de Saúde da Mulher e Saúde da Criança, ambos vinculados à Divisão dos Ciclos de Vida da SES. Esses núcleos atuam diariamente no monitoramento dos sistemas de informação e junto às Coordenarias Regionais de Saúde (CRS) e municípios gaúchos, cumprindo todas as etapas de investigação de óbitos.

Conforme o boletim, os óbitos por causas evitáveis ocuparam os primeiros lugares entre as mortes de gestantes e puérperas em 2021. Em relação a crianças menores de um ano, as taxas de mortalidade infantil retornaram a patamares anteriores a 2020, sendo que o período neonatal concentra o maior quantitativo dos óbitos, principalmente pelas afecções originadas durante essa fase.

“Esta é a primeira edição do boletim pós-pandemia, na qual trazemos alertas e propomos estratégias aos profissionais, gestores e serviços de saúde, com ênfase na necessidade de qualificação dos processos de cuidado no parto e nascimento, destacando as complicações dos partos cesáreos e das demais intercorrências obstétricas graves mais recorrentes, como a hemorragia e hipertensão”, explica a coordenadora da Divisão de Ciclos de Vida da SES, Gisleine Silva. “Outro tema sobre o qual procuramos jogar luz, por se tratar de um assunto com pouca visibilidade e possivelmente subnotificado, é acerca das mortes de mulheres jovens por abortos inseguros no Estado.”

Principais pontos tratados no boletim

  • o crescente número de cesáreas no Estado;
  • iniquidades sociais e raciais observadas nas razões de mortalidade materna no Estado;
  • aborto inseguro como risco para mortalidade materna;
  • estratégias para redução da mortalidade materna;
  • taxas de Mortalidade Infantil por Região de Saúde;
  • percentuais de investigações dos óbitos infantis e fetais por Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e Região de Saúde;
  • análise das principais causas de mortalidade infantil;
  • estratégias do Rio Grande do Sul para a prevenção de óbitos infantis evitáveis.
  • importância da vacinação de gestantes, puérperas e crianças

→ Boletim Epidemiológico sobre Mortalidade Materna, Infantil e Fetal no RS

Sobre o Comitê

O Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento da Mortalidade Materna, Infantil e Fetal, foi instituído em 2021 com a finalidade de avaliar as circunstâncias da ocorrência dos óbitos maternos, infantis e fetais e a qualidade da assistência à saúde prestada à mulher e à criança, subsidiando as políticas de saúde na elaboração de propostas e medidas de intervenção para redução desses óbitos.

É composto por técnicos que trabalham com a vigilância do óbito na SES e as seguintes entidades: Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers), Conselho Regional de Enfermagem (Coren/RS), Sociedade de Pediatria do RS (SPRS), Sociedade Gaúcha de Ginecologia e Obstetrícia (Sogirgs), Conselho Estadual de Saúde (CES), Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems), Associação Gaúcha de Medicina de Família e Comunidade (AGMFC), Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente do RS (Cedica), Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do RS e Secretaria de Assistência Social (SAS).

SECOM RS

Foto: Freepik

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