Cada um no seu quadrado
Tomando a frase “cada um no seu quadrado”, como ponto de partida, pergunto: você pediria a um padeiro que consertasse o seu carro? Ou diria a um engenheiro que está com dores de cabeça na esperança que ele lhe receitasse um medicamento? A resposta parece simples, acredito que você respondeu não. Se for assim por qual motivo percebemos esse tipo de situação se repetir cada vez mais?! Quando, por exemplo, alguns professores dão aulas de disciplinas que não são as suas ou quando profissionais ainda que não sejam corretores de imóveis, sem nenhum problema, conseguem fechar negócios de compras e vendas de casas e/ou apartamentos.
O filósofo Sócrates alertava os seus discípulos, quanto ao fato, de algumas pessoas não terem a competência exigida para cumprirem as suas funções, tais como os políticos. Na verdade, desde a Grécia antiga, qualquer indivíduo pode ingressar à vida política. Para Sócrates isso nunca foi justo porque o poder público deve trabalhar e zelar pelo bem comum, mas a grande maioria que se elege faz justamente o contrário, fazem apenas por si e pelos seus familiares e, para tanto, roubam, cometem crimes, como o de irresponsabilidade, entre outros. São egoístas, gananciosos. Enfim! Se tornam criminosos e, com isso, prejudicam toda a população, especialmente a parcela mais vulnerável e carente. Dessa forma, a pergunta que fica é: se nem todos os nossos representantes são por nós o que acontecerá em um momento de uma grande crise?
Ana Paula Emmendorfer (Professora de Filosofia e Lógica – Doutora em Filosofia/Unisinos-RS)
Foto: Pixabay
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