Campanha busca intensificar doação de sangue na pandemia
Bancos de sangue devem estar organizados para evitar aglomerações
A necessidade de isolamento social devido à pandemia de covid-19 trouxe o receio da população em manter as doações voluntárias de sangue, o que fez com que os estoques usados para pacientes que sofrem de outras doenças e precisam passar por procedimentos que dependem das transfusões de sangue caíssem significativamente, segundo apontou a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH).
A associação intensifica o alerta do Junho Vermelho, mês dedicado à conscientização da importância de doação de sangue, neste contexto da pandemia. “A população precisa ter claro que doação de sangue, tão essencial para salvar vidas, não representa nenhum risco aos doadores de sangue. Basta que se tome os cuidados gerais referentes a evitar situações de aglomerações”, disse Dante Langhi, presidente da ABHH.
Ele orienta que as pessoas voluntárias interessadas em doar sangue entrem em contato com os bancos de sangue para agendamento prévio do procedimento. “Os bancos de sangue, por sua vez, devem estar organizados neste sentido para evitar aglomerações”.
Campanha de doação
Desde o início da pandemia, a ABHH está mobilizada com o objetivo de aumentar as doações de sangue. A associação firmou uma parceria com a CBF, com o apoio de outras entidades – Associação Paulista de Medicina (APM), Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE), Associação Brasileira de Talassemia (ABRASTA) e MTM Tecnologia – e lançou a campanha Nosso Sangue Verde e Amarelo.
Na campanha, são organizados mutirões de doação de sangue em estádios de futebol que não estão em uso neste momento. A primeira aconteceu entre nos dias 7, 8 e 9 de abril na Arena Corinthians, em Itaquera, na capital paulista, e reuniu mais de mil doadores. Uma ação mais recente, de 26 a 28 de maio, aconteceu no Allianz Parque, também em São Paulo, e teve de cerca de mil doadores.
Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil