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Caso Juvenal Miller: Polícia Civil não identifica ameaça de explosão em outras escolas

Após a explosão de uma bomba no banheiro da escola Juvenal Miller, a Polícia Civil do Rio Grande, apreendeu o adolescente suspeito do envolvimento no fato. Na casa do estudante de 17 anos, foram localizados diversos materiais e substâncias químicas que segundo a Polícia Civil, possivelmente seriam utilizados na confecção de artefatos explosivos. Além de 04 celulares, uma arma de paint ball de fabricação caseira, armas brancas artesanais, cadernos com anotações químicas, desenhos mórbidos, entre outros.

O jovem está internado no Centro de Atendimento Socioeducativo de Pelotas (Case), após o Ministério Público representar a internação provisória do adolescente e o juizado da infância e Juventude decretar a internação.

Pânico na cidade e a investigação

A situação provocou pânico na cidade, e especialmente, na comunidade escolar e famílias que se preocupam com a segurança dos estudantes em todas as escolas.

A Polícia Civil analisou os celulares, notebook e cadernos apreendidos do adolescente, a fim de verificar outros vínculos, possíveis grupos envolvidos, motivação, etc.

A Polícia Civil manifestou em nota que, “segundo os elementos de informação até o momento colhidos, não foi possível identificar a existência de plano concreto ou ameaça relativa a outras Escolas da Cidade.”

A Polícia Civil também reforçou que a ação do adolescente, estava relacionada à própria Escola que frequentava e possuía acesso, o Juvenal Miller. E de que não há vinculação com organização criminosa ou terceiros.

Fake News: Fotos de adolescentes que não são os infratores circulam nas redes sociais

Foto de dois adolescentes que não são os infratores circulam nas redes sociais, atribuindo a eles, a apreensão e explosão na escola. No entanto, a Polícia Civil informou que as fotos não são dos adolescentes apreendidos e reforça que é crime a divulgação de fotos de menores de idade.

As crianças e adolescentes têm o direito à imagem preservados pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e portanto, não podem ter a sua imagem divulgadas.

Calúnia

A mãe de um dos jovens, que tem a foto circulando de forma enganosa, sendo atribuída relação com a explosão, fez Boletim de Ocorrência.

Segundo a família, o jovem da foto não estuda na escola há mais de um ano. Diante da preocupação com a sua segurança, a mãe do adolescente fez o Boletim de Ocorrência.

A família tem receio ainda pelo fato ter tomado intensa proporção. O adolescente possui um filho de dois meses de idade, no qual é responsável pelo sustento, e por isso, ficam inseguros em relação à segurança e estrutura familiar que pode ser abalada pelas falsas informações propagadas nas redes sociais.

Manifestação da Polícia Civil do Rio Grande

A Polícia Civil do Rio Grande, destacou em nota que “Embora fatos desta natureza nunca tenham ocorrido na Cidade, a Polícia Civil diante da ameaça que representava a atitude do adolescente e seus aparatos potencialmente lesivos, tomou as devidas medidas com seriedade e rapidez, na expectativa da resolução do problema.”

Confira a nota da Polícia Civil de Rio Grande na íntegra

“Considerando os inúmeros contatos recebidos pela Polícia Civil relativamente à abrangência da situação envolvendo ameaça de atentado do Instituto Juvenal Miller, cumpre esclarecer à Comunidade que, segundo os elementos de informação até o momento colhidos, não foi possível identificar a existência de plano concreto ou ameaça relativa a outras Escolas da Cidade.

Conforme estes mesmos elementos de informação, a ação do adolescente infrator dirigia-se à própria Escola a qual frequentava e tinha acesso, em atuação isolada de indivíduo sem antecedentes criminais ou histórico conhecido de violência e, ainda, sem vinculação com organização criminosa ou terceiros.

Embora fatos dessa natureza nunca tenham ocorrido na Cidade do Rio Grande, a Polícia Civil, diante da ameaça que representava a atitude do adolescente e seus aparatos potencialmente lesivos, tomou as devidas medidas com seriedade e rapidez, na expectativa de resolução do problema.

Com a apreensão em flagrante do adolescente pela Polícia Civil, o Ministério Público representou pela internação provisória e o Juizado da Infância e Juventude decretou a internação do indivíduo que agora se encontra internado na Case.”

Jornalista Thuanny Cappellari/RIO GRANDE TEM

Foto: Polícia Civil

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