CEAT é alternativa do município para atendimento represado de traumatologia e ortopedia
Após os primeiros 10 dias úteis da retomada do atendimento via SUS, o Centro Especializado de Atendimento Traumatológico (CEAT) já realizou mais de 500 atendimentos ambulatoriais em traumatologia e ortopedia. O retorno do serviço visa justamente ampliar o acesso e diminuir o tempo de espera para pacientes dessas áreas, após a demanda represada alcançar 3330 pessoas à espera de consultas nessas especialidades.
Para isso a Secretaria de Saúde (SMS) firmou novo contrato com o Centro, que teve funcionamento pelo SUS suspenso em dezembro de 2019. O acordo prevê atendimento diário de 15 consultas eletivas (aquelas encaminhadas pelas unidades de saúde) e 50 de urgência e emergência não-cirúrgicos. Por mês, o contrato soma 1044 consultas e 2798 exames e procedimentos, o que representa um valor mensal de R$ 46.846,51. Como o convênio foi firmado diretamente com a SMS de Rio Grande, o atendimento é exclusivo para residentes em Rio Grande.
Em média, são realizadas cerca de 55 consultas por dia. Porém, em alguns dias o atendimento chegou ao teto indicado. Por esse motivo, de acordo com o gestor da clínica, Eduardo Gazzola, caso a SMS queira ampliar o contrato, a clínica tem capacidade para absorver um número ainda maior de atendimentos, de até 100 consultas dias. Também tem disponibilidade para ofertar a fisioterapia aos pacientes, se a secretaria quiser firmar convênio com esse objetivo.
O CEAT funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, e das 13h30 às 17h30. O local conta com dois diferentes pontos de acesso. Um deles é na Revocata de Melo 17, que já está disponível. O outro, na Salgado Filho 133 , ainda está sendo finalizado e será aberto em breve.
Reforma
Nos últimos meses a empresa realizou algumas reformas no prédio e a readequação para o retorno do SUS. O prédio anterior já não é mais utilizado e o serviço está concentrado em um outro espaço ao lado, que é maior e mais adequado. “Otimizamos a estrutura para deixar mais enxuta e com maior qualidade. A ideia é poder ofertar salas limpas, amplas, arejadas, climatizadas, para que as pessoas possam se sentir a vontade”, diz Gazzola.
O Centro atualmente tem cinco gabinetes médicos, duas áreas de recepção, duas salas de gesso, uma ampla sala de Raio-X e uma sala de digitalização dos exames. Quanto à equipe, a clínica hoje conta com cinco médicos, dois profissionais de gesso, um técnico em radiologia e oito estagiários.
Demanda reprimida e tempo de espera
Na fila desde setembro de 2019 à espera de uma consulta, a cuidadora Maria da Graça Oliveira, 56 anos, foi a primeira pessoa atendida na reinauguração do atendimento via SUS, no último dia 14. “Estou muito feliz por esse atendimento e pela competência da equipe. Não tenho o que reclamar”, afirma. O exemplo mostra como é o atual contexto da demanda para essas especialidades em Rio Grande e a importância do Centro para a comunidade como uma alternativa ao pronto-socorro da Santa Casa.
Em função da longa espera pela consulta e de situações decorrentes como complicações dos casos, exames desatualizados e até benefícios previdenciários suspensos, Gazzola também destaca que, neste momento, o atendimento deve ser um pouco mais demorado.
“Precisamos atender com qualidade, independente se é paciente sus, particular ou de convênio, essa é a nossa intenção. Mas o acúmulo de demandas atrasadas também acaba necessitando mais tempo do médico, já que ele precisa entender o que aconteceu e todo histórico do paciente. Então fazemos esse apelo para que as pessoas entendam que, neste momento, o tempo para cada consulta está um pouco maior”, explica. Ainda conforme o gestor, a expectativa é que demanda reprimida seja quase que zerada em fevereiro do próximo ano.
Assessoria de Comunicação Social Prefeitura Municipal do Rio Grande
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