Centro de Referência em Atendimento à Mulher (CRAM) do Rio Grande realiza atendimento de vítimas de violência doméstica e familiar
Com os serviços inaugurados à população rio-grandina no final do mês de agosto, o Centro de Referência em Atendimento à Mulher (CRAM) “Márcia Regina Mello de Freitas” vem atendendo e assistindo diversos casos de violências doméstica e familiar contra a mulher. O equipamento público recebe mulheres vítimas de violência encaminhadas pelo Juizado e pela Promotoria de Violência Doméstica, e além disso oferece às mulheres em geral orientações e informações sobre os seus direitos e os mecanismos existentes de proteção a elas, e de que maneira podem acessá-los.
Para atender o público que chega até o local – situado em dois andares (4º e 5º pisos) no número 191, na Av. Silva Paes – o Centro conta com uma equipe multidisciplinar composta por psicóloga, assistente social, assistente administrativa, coordenadora da área, estagiários de cursos de Direito em Rio Grande e voluntariado.
O CRAM Márcia Regina somou-se ao fluxo de atendimento realizado pela Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica do Município, já composta por diversos órgãos, entre os quais a Promotoria da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, o Juizado de Violência Doméstica, a Patrulha Maria da Penha, a Delegacia de Polícia Civil, as secretarias municipais de Cidadania (SMCAS) e Educação (SMEd), o Centro de Referência em Assistência Social (CREAS), o Conselho Tutelar, além de outros. Todas essas são portas de entradas para os atendimentos.
Na campanha nacional pelos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, em que o município de Rio Grande se insere, a coordenadora do Centro, Andrea Westphal, fala sobre a importância da implementação do serviço municipal para a cidade. “É importante divulgar ao máximo junto à população que este serviço está operando, que a cidade agora conta com um Centro de Referência como esse. E que já chegaram até nós diversos atendimentos, os quais a gente sabe que ainda não representam nem um terço de todas as mulheres que sofrem violência de gênero no município. Então nós queremos encorajá-las a nos procurar e buscar auxílio”, narra a coordenadora do serviço.
Além disso, ela explica que o Centro também está investindo em outros pontos de atuação, como o trabalho em grupos. “Nós também já estamos promovendo grupos de reflexão, de desenvolvimento emocional e físico com auxílio de voluntariado, grupos de roda de conversa, de partilha, aplicação de reiki. E vamos inaugurar em breve o nosso projeto “guarda-roupa lilás”, uma sala que será destinada ao desapego de roupas, sapatos e maquiagens”, contou Andrea.
O atendimento no CRAM funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Além de presencialmente, outra forma de buscar atendimento e informações junto ao Centro é através do seguinte e-mail: cram@riogrande.rs.gov.br
Em Rio Grande, as notícias de violência doméstica e pedidos de Medidas Protetivas de Urgência (MPUs) devem ser levadas às seguintes delegacias: Delegacia de Policia Civil de Pronto-Atendimento (Aberta 24h, Rua Marechal Floriano, nº 42, Centro) , 2ª Delegacia de Polícia (Parque Marinha, Av. Grandes Lagos, atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 18h) e na 3ª Delegacia de Polícia Civil (Cassino, Av. Julio de Castilhos, mesmo horário que a delegacia anterior).
21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres
No mês de novembro o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou um balanço do 1º semestre de 2023 sobre os dados da violência contra meninas e mulheres no Brasil. Segundo o levantamento, a violência contra o gênero feminino no Brasil continua em crescimento. No período pesquisado, o aumento de feminicídios registrado foi de 2,6% em relação ao ano anterior. No mesmo estudo, a alta do estupro de meninas e mulheres foi de 14,9%.
A campanha brasileira dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher é uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), inspirada na campanha mundial 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a mulher, que se iniciou em 1991, em homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, assassinadas, em 1960, na República Dominicana. No Brasil a campanha inicia junto com o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, e se estende até o dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
A campanha busca vincular a denúncia e a luta pela não violência contra as mulheres à defesa dos direitos humanos. Hoje, cerca de 130 países a desenvolvem, conclamando a sociedade e seus governos a tomarem providências frente a violação dos direitos humanos das mulheres.
Assessoria de Comunicação Social Prefeitura Municipal do Rio Grande
Foto: Divulgação
Clique aqui e participe do nosso Canal de Notícias no WhatsApp