Contratação emergencial de médicos permitirá maior atenção ao COVID-19 nos bairros e reforço ao Núcleo de Saúde Mental

15 de junho de 2020 RIO GRANDE TEM

A Prefeitura do Rio Grande fará a contratação emergencial de quatro médicos psiquiatras e seis generalistas. A Lei 8.512 de 9 de junho de 2020, já foi aprovada pela Câmara Municipal e foi motivadas pela necessidade de reforçar as equipes profissionais de saúde para o atendimento a comunidade diante da pandemia de Coronavírus e seus diversos impactos. Os contratos terão carga horária semanal de 20 horas e validade de 180 dias a contar da data da sua assinatura, e não poderão ser prorrogados sem autorização legislativa. Em breve será publicado um edital com as informações necessárias para a candidatura e os critérios para a contratação. Mais informações estão disponíveis no documento em anexo.

O Secretário de Saúde, Maicon Lemos, destaca que o objetivo da contratação dos médicos generalistas é aumentar o atendimento nas unidades de Estratégia de Saúde da Família , em especial nas regiões com maior número de casos da doença. “ Ampliar o acesso e o atendimento em bairros estratégicos conforme quantidade de casos confirmados de COVID-19, esse é o objetivo principal. Queremos dispor desses profissionais nos bairros com mais casos conformados de Coronavírus”, frisou.

Quanto aos novos psiquiatras, a dirigente do Núcleo de Saúde Mental da Secretaria de Saúde, Robini Duarte, explica que desde 2019 a demanda para os atendimentos na área teve importante aumento e se faz necessária a contratação de mais profissionais. “O objetivo é a contratação de um médico psiquiatra para cada um dos quatro dispositivos de saúde no município, que tiveram aumento considerável na busca por atendimentos. Nesse momento de pandemia, os nossos profissionais precisam deste suporte. Calculamos quatro psiquiatras para termos um reforço de um médico em cada dispositivo. Apenas um profissional não tem sido suficiente para os atendimentos, que incluem o acompanhamento em saúde mental de vários anos de alguns pacientes e início de novos tratamentos”, disse.

Ela também relacionou o crescimento na procura com os efeitos da pandemia e das medidas de distanciamento. “São muitas pessoas que precisam começar o tratamento, pois se desempregaram, ou pela instabilidade da atual situação que estamos vivendo, por não saber como vai ser o dia de amanhã, problemas financeiros, etc. Isso tem feito com que as pessoas busquem mais tratamento, para tentar manter um equilíbrio da sua saúde mental”, ressaltou. Robini ainda comentou a respeito do impacto no público infantojuvenil. “Muitas crianças que possuem transtornos mentais e precisam da rotina têm se desestabilizado sem as escolas, sem as atividades extras, sem poder gastar energia, e têm precisado rever medicações. Isso tem acarretado em casos de hiperatividade, não só com autismo e outros transtornos, o que aumenta a busca por novas avaliações psiquiátricas de pessoas que estavam estabilizadas”, argumentou.

Os Centros de Atenção Psicossocial em Rio Grande

Três das unidades atendem por demanda espontânea, ou seja, a partir da procura pelo atendimento. São eles o CAPSI (infantil), o CAPS AD (Álcool e outras drogas) e o CAPS Conviver. Já para o atendimento com a equipe AMENT (Atenção Multiprofissional de Média Complexidade em Saúde Mental), é preciso um boletim de referência, que, se for necessário, poderá ser emitido por profissional médico em qualquer unidade de atendimento SUS, como postos de saúde, hospitais e urgências e emergências. Veja abaixo endereços e telefones.