Coordenadoria Municipal das Mulheres está atuando no suporte às vítimas de violência doméstica e de gênero
Circunstâncias do isolamento social deixam mulheres ainda mais expostas aos agressores
A Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres manteve, e reforçou ainda mais, o seu trabalho no suporte às mulheres vítimas de violência de gênero durante a pandemia por Covid-19 no município. Levantamentos tem mostrado, não só no Rio Grande do Sul, mas no país inteiro, que as circunstâncias do isolamento social deixaram as mulheres ainda mais expostas aos agressores, em face da convivência que o isolamento acaba por impor.
A Rede Lilás em Rio Grande, à qual a Coordenadoria das Mulheres pertence, intensificou a vigilância e as ações coordenadas, a fim de somar esforços entre instituições e comunidade e tornar ainda mais efetivo o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e de gênero. A coordenadora de Políticas para as Mulheres em Rio Grande, Maria de Lourdes, destaca a importância desse trabalho transversal. “A Rede Lilás, à qual nós também nos incluímos, tem sido de fundamental importância nestes tempos. Trata-se de uma rede plural, em que também estão inclusos os três níveis de estado, o judiciário, a polícia civil, a brigada militar, a universidade, os CRAS, CREAS a OAB e diversas outras entidades. É através desta rede, e do diálogo e comunicação dentro dessa rede, que temos buscado nos manter permanentemente em contato com o público”, conta.
Logo no início da pandemia, a Coordenadoria colocou nos ar, em sua página no Facebook, diversos debates online (lives) tendo a Lei Maria da Penha como tema central, trazendo representantes da esfera da segurança pública. Na próxima semana a Coordenadoria da Mulheres vai promover, através do mesmo canal, um debate com participantes do Grupo Autônomo de Mulheres de Pelotas – GAMP e da FURG,. Outro tema que entrará nos próximos debates promovidos pela Coordenadoria é sobre a situação das mulheres privadas de liberdade e como é possível utilizar a literatura, por meio das bibliotecas prisionais, para fins de redução das penas dessas mulheres. O caso do presídio de Rio Grande, que é majoritariamente masculino, com uma ala feminina, e a autonomia feminina neste espaços serão debatidos.
Neste mês a Coordenadoria das Mulheres recebeu, do Departamento de Enfrentamento à Violência de Gênero da Secretaria de Justiça e Segurança do governo estadual, uma comunicação que reconhecia o trabalho desenvolvido aqui em Rio Grande pela unidade municipal de proteção às mulheres.
Se você é mulher é está sendo vítima de agressões físicas e psicológicas nessa período de isolamento social, ou em qualquer período, – ou que sabe de alguém que esteja – você pode, e deve denunciar.
Em Rio Grande, os canais disponíveis para denúncias de violência contra a mulher são os da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, através dos números 53 3237-4886 e 3237-4884, e do da Delegacia Civil de Pronto-Atendimento, que atende no 3231-4167.
Outros instrumentos, que compõem a Rede de Proteção à Mulher em Rio Grande, são a Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres e o Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, o COMDIM. A Coordenadoria Municipal atende através do telefone (53) 99133-4531, por mensagem na sua página no Facebook: https://www.facebook.com/CoordenadoriaDaMulherRG/, e pelos e-mails: maria.lose@riogrande.rs.gov.br e gessica.bohnert@riogrande.rs.gov.br
Em todo o estado do Rio Grande do Sul, as mulheres que passem por estas situações podem registrar ocorrência através da delegacia online. Através do canal www.delegaciaonline.rs.gov.br você pode fazer uma denúncia, que dispensa o pedido de medida protetiva. É só acessar o endereço através de um computador ou celular, clicar em “Registrar Ocorrência” e seguir o passo a passo indicado no site.
Para as situações em que a mulher já possuía medida protetiva e precisa renovar ou retirar esse medida, é possível realizar o atendimento pela Vara de Violência Doméstica de Rio Grande, tanto por telefonema ou pelo Whatsapp no número (53) 9 9930-6123, para a população rio-grandina. No entanto, para aqueles casos em que haja necessidade de medida protetiva de urgência, e em casos de crimes graves, como estupro, é necessário que se busque a delegacia presencialmente.
Nas situações de extrema urgência, a mulheres vítimas de violência doméstica devem ligar para a Polícia Militar (190), para a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (180), ou para Patrulha Maria da Penha (cumprimento de medidas protetivas), que atende no telefone 53 98428-6022.
Assessoria de Comunicação PMRG
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