Notícias

Criação do Programa Médicos pelo Rio Grande é tema de debate em Porto Alegre

O Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems/RS) anunciou nesta quarta-feira (21), em coletiva de imprensa durante o Seminário Estadual de Fortalecimento da Atenção Primária em Saúde realizado na sede da SOGIPA em Porto Alegre , sua proposta de criação do programa Médicos pelo Rio Grande. A iniciativa surge com o objetivo de reverter os impactos negativos gerados pelo déficit que será causado com a implantação do Médicos pelo Brasil, — anunciada em agosto — que irá substituir o programa Mais Médicos. O secretário de Município da Saúde e vice presidente do COSEMS RS, Maicon Lemos, esteve presente na oportunidade. Das atuais 1.320 vagas, o Estado gaúcho passaria a dispor de somente 634, segundo projeção do Cosems/RS.

A queda no número de profissionais da saúde deve-se a uma mudança de posicionamento do programa, que deve entrar em vigor somente em 2020. O foco do projeto passará a ser prestar atendimento nas regiões Norte e Nordeste, onde há maior vazio assistencial. Além disso, a União classificará as cidades em uma escala de maior ou menor vulnerabilidade para fazer a destinação dos médicos.

A proposta, pensada pela diretoria do  Cosems/RS e pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), consiste na possibilidade de contratação de médicos para as localidades que, no momento, estão com falta destes profissionais, por meio de uma espécie de permuta. Ao invés de receber os repasses do governo do Estado em atraso a mais de 5 anos a que se têm direito, os municípios receberiam médicos para trabalhar nas Unidades Básicas de Saúde, por meio das Equipes de Saúde da Família. O salário destes profissionais seria pago pelo Estado.

Neste modelo, as cidades que perderam vagas do Mais Médicos teriam prioridade. Porém, outros municípios também poderiam ser atendidos. Deste modo, a dívida poderia ser quase sanada e ainda seria promovida oferta de vagas.

” É preciso criarmos alternativas para enfrentar um problema que já projeta-se no Rio Grande do Sul , em Rio Grande atualmente são 18 profissionais do programa mais médicos, já em Novo Hamburgo são 36 , em Porto Alegre mais de 100 médicos e estes municípios embora de médio e grande porte também apresentam dificuldades significativas  para alocação destes profissionais, diz o vice presidente do COSEMS RS Maicon Lemos”.

O projeto gaúcho deverá ser executado em cooperação com órgãos e entidades da administração pública, direta e indireta, dos Estados e dos Municípios e com consórcios públicos. Também serão incluídas instituições de educação superior gaúchas, programas de residência médica, escola de saúde pública e outras entidades privadas.

Assessoria de Comunicação PMRG

Foto: Divulgação PMRG

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.