Crianças conhecem passado da Rua Marechal Floriano e participam da oficina arqueológica
Em continuidade com a programação da Semana do Patrimônio 2023 do Rio Grande, alunos do 2º ano da escola Viriato Corrêa acompanharam, na tarde desta quinta-feira (17), no prédio da Alfândega, a apresentação audiovisual intitulada “Caminhada virtual do Patrimônio Arquitetônico – Do jeito que já foi”. A atividade oportunizou que as crianças conhecessem um pouco a respeito do passado da Rua Marechal Floriano, em especial sobre relevantes prédios, monumentos e paisagens que marcaram sua presença na via, muitos já substituídos por construções contemporâneas.
A ação foi promovida pelo núcleo Cidade do Rio Grande do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). De acordo com a presidente da entidade, Liane Friedrich, a ideia do vídeo é justamente destacar aquilo que já se perdeu, sensibilizando a população a respeito da importância que essas paisagens possuem, ainda mais considerando o contexto histórico de Rio Grande, a primeira cidade do RS.
“Já foram feitas demolições, substituições, construções de novos empreendimentos e então queremos mostrar aquilo que se perdeu para que fosse colocada uma outra coisa que não tem tanto significado. E quando a gente vê dessa forma nos damos conta disso, de que o que tomou o lugar do antigo não nos revela muita coisa. Se conversarmos com uma pessoa mais idosa, ela se entristece porque não encontra mais aquelas referências, a memória fica vaga e a pessoa não se sente pertencente. Então a função é sensibilizar para o que a gente tem e a importância disso”, conta.
Oficina de arqueologia
Após a apresentação, os pequenos foram até a região do Cais de Pedra para participar de uma oficina prática de arqueologia, em ação promovida pela Prefeitura em parceria com a Archaeos Consultoria em Arqueologia.
Em uma grande caixa de areia, os alunos puderam fazer escavações para encontrar fragmentos de peças enterradas, que remetem aos materiais que foram descobertos junto ao sítio arqueológico do Cais. Também trabalharam com peneiras para revelar os itens e pincéis e lupas para uma simulação de análise de laboratório, na qual as crianças preencheram um formulário com detalhes da peça, destacando os principais aspectos do material arqueológico encontrado e desenhando como elas achavam que o material seria quando completo.
Conforme a professora Sayonara Nunes, ações como essas são muito positivas porque possibilitam que as crianças possam conhecer atividades na prática, não ficando apenas na sala de aula. “É muito interessante. Se a gente falasse sobre arqueologia, eles nem teriam noção do que seria, que agora eles tão vendo na prática, aprendendo com experiência, que tem muito valor. Que venham mais ações como essa”, diz.
Além disso, a professora considera esta uma atividade inclusiva, já que um dos alunos, que é autista, pode participar de todas as etapas da brincadeira, tendo acesso a uma vivência proveitosa junto com os demais colegas de classe.
Assessoria de Comunicação Social Prefeitura Municipal do Rio Grande
Foto: Divulgação