Crianças são multiplicadores de ação contra a dengue em Rio Grande
Uma das formas de conscientizar os moradores de Rio Grande sobre os perigos causados pelo mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, tem sido levar os agentes de endemias para dentro das salas de aula das escolas, para que orientem crianças e jovens e os transformem em multiplicadores de informações essenciais para evitar a proliferação do mosquito. A proposta das secretarias de Saúde, através da Vigilância Ambiental e de Educação é de que todos os alunos sejam orientados e multipliquem as informações em suas casas e comunidades.
Para que essa ação tenha resultado mais efetivo e contínuo, um longo calendário de visitas foi preparado. Durante todo o ano a ação será realizada nas quartas e quintas-feiras. Na quarta-feira (1), a atividade aconteceu na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Eva Mann, no bairro Parque Marinha. Nesta quinta-feira (2), foi a vez dos alunos da Escola Roque Aita, no Parque Coelho, serem orientadas pelos agentes.
A atividade consiste numa conversa entre agentes de endemias, alunos e educadores, apresentação de um vídeo com identificação do mosquito e os cuidados na prevenção, brincadeiras e jogos para passar o conhecimento de forma lúdica. O ponto alto é a observação das larvas num microscópio.
“Nada melhor do que as crianças falando em casa e mostrando aos pais o que aprenderam na escola”, diz a diretora da EMEI Eva Mann, Cláudia Silva.
O retorno
Ainda na escola Eva Mann, a orientadora educacional e professora, Rejane Theodora prepara para a próxima semana uma atividade buscando o retorno do que foi aprendido junto com os agentes. Além de se fantasiar de mosquito, ela já preparou uma tarefa com o objetivo de fortalecer a conscientização das 276 crianças das 22 turmas da escola.
Rejane antecipa que a tarefa é que os alunos observem o caminho até suas casas e visualizem o que pode mudar no percurso em termos de cuidados para que os mosquitos não se reproduzam, como por exemplo, dentro de pneus e outros objetos que possam acumular água. A tarefa em casa é que eles façam desenhos e retornem com os trabalhos que serão expostos na escola.
“As equipes que realizam as atividades educativas nas escolas estão de parabéns. A ação com os alunos tem retorno muito bom para toda a comunidade”, afirma a coordenadora da Vigilância Ambiental, Márcia Pons.
Conforme relatado por professoras que acompanharam a orientação dos agentes, os pais comentaram que o assunto principal em suas casas foi a exposição passada pela Vigilância.
Números
Além do trabalho desenvolvido dentro das escolas, os agentes de endemias continuam em campo realizando as atividades de rotina para o controle vetorial do mosquito no município. Rio Grande permanece com 72 focos, e 22 notificações por suspeita de Dengue, ainda sem resultados do Laboratório Central (Lacen), em Porto Alegre.
Assessoria de Comunicação Social Prefeitura Municipal do Rio Grande
Foto: Divulgação