Defesa Civil e Sala de Situação articulam dados resultantes da passagem do ciclone no Estado
Sala de Situação, vinculada à Sema, publicou um relatório sobre os acontecimentos consequentes à passagem do ciclone no RS
Os hidrólogos e meteorologistas da Sala de Situação, vinculada à Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, publicaram, na segunda-feira (26/6), um relatório sobre os acontecimentos consequentes à passagem do ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul.
Durante a madrugada de quinta (15/6) para sexta-feira (16/6), por conta das chuvas intensas causadas pelo ciclone extratropical, houve um acumulado elevado nas regiões Nordeste, Vales, Serra e Litoral Norte do Estado. Águas aquecidas do Oceano Atlântico aliadas ao intenso canal de umidade, reforçadas pela atuação do ciclone próximo à costa, mantiveram as nuvens carregadas nas regiões atingidas.
Os maiores volumes de água registrados pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais foram nos municípios de:
- Maquiné: 323,2 mm;
- Bom Princípio: 302,6 mm;
- Alto Feliz: 281,8 mm;
- São Leopoldo: 281,48 mm;
- Gravataí: 254,4 mm;
- São Sebastião do Caí: 251,6 mm;
- Nova Petrópolis: 242,4 mm;
- Sapucaia Do Sul: 236,94 mm;
- Viamão: 227,4 mm;
- Parobé: 226,57 mm;
- Canoas: 220,6 mm;
- Campo Bom: 212,38 mm;
- Itati: 209,35 mm; e
- Nova Santa Rita: 205,28 mm.
Além disso, as rajadas de vento foram intensas para o Nordeste e o Leste do Estado. As maiores velocidades registradas pelo Instituto Nacional de Meteorologia foram nas cidades de:
- Tramandaí: 101,9 km/h;
- Mostardas: 87,5 km/h;
- Porto Alegre: 76,7 km/h;
- São José dos Ausentes: 75,9 km/h;
- Cambará do Sul: 62,3 km/h;
- Canguçu: 59,8 km/h;
- Bento Gonçalves: 57,9 km/h;
- Canela: 56,5 km/h;
- Encruzilhada do Sul: 52,2 km/h;
- Pelo aeroporto, em Porto Alegre: 69 km/h; e
- Canoas: 61,1 km/h.
Uma análise hidrológica foi realizada nas estações monitoradas pela Sala de Situação. Os rios a seguir passaram do nível seguro para um nível superior (de atenção, de alerta e de inundação, necessariamente nessa ordem).
O rio Taquari, em Muçum, atingiu mais de nove metros no dia 16 de junho, chegando ao nível de alerta.
Em Montenegro, o rio Caí chegou a quase nove metros, nível de inundação. Em São Sebastião do Caí, o rio atingiu quase 14 metros no dia 17 de junho, quando entrou em estágio de inundação. O rio Cadeia, afluente do Caí, também no município de São Sebastião do Caí, atingiu quase 12 metros no dia 17 de junho, sendo cotado em inundação.
O rio dos Sinos, em Campo Bom, registrou um pico de cheia no dia 18 de junho, atingindo o nível de inundação. Em São Leopoldo, o mesmo rio registrou um pico de mais de seis metros no dia 19 de junho.
O rio Gravataí, na cidade de Gravataí, chegou a cinco metros, alcançando a cota de alerta. Na capital do Estado, o rio Guaíba chegou a dois metros, ultrapassando a linha de atenção. O rio Três Forquilhas, no município de Três Forquilhas, chegou a quase sete metros no dia 16 de junho, alcançando o nível de inundação.
A Defesa Civil também produziu um painel de indicadores com os principais dados sobre os municípios atingidos pelo ciclone. Clicando em cada cidade, há informações quantitativas sobre as pessoas afetadas, os desabrigados, os desalojados, os desaparecidos, os feridos e os óbitos.
Ascom Defesa Civil
Foto: Ascom Defesa Civil