Dia 22 de maio é celebrado o Dia Internacional da Biodiversidade
A data alusiva ao Dia Internacional da Biodiversidade, 22 de maio, foi instituída em 1992, pela Organização das Nações Unidas (ONU), para alertar a sociedade sobre a importância e a necessidade de proteção da diversidade biológica. O termo biodiversidade engloba todas espécies de fauna, flora e microrganismos encontrados nos diferentes ecossistemas.
Em Rio Grande, a Área de Proteção Ambiental – APA da Lagoa Verde apresenta um mosaico de ambientes, como matas nativas, dunas fósseis, marismas, banhados, arroios e lagoa, onde observamos uma rica e exuberante biodiversidade. Cada espécie desempenha um papel na natureza e sua preservação é essencial para garantir o equilíbrio dos ecossistemas.
Por isso, o Projeto APA da Lagoa Verde em cena: Educação Ambiental e Teatro, executado pelo Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental – NEMA, com apoio do Criança Esperança/UNESCO, escolheu como identidade visual e mascote do projeto uma das espécies que a APA da Lagoa Verde abriga, o Gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris).
Os gambás possuem hábito predominantemente noturno, durante o dia abrigam-se em árvores ou troncos caídos. A alimentação inclui insetos, sementes, frutas, verduras, ovos e alguns animais pequenos e peçonhentos, como escorpiões, cobras e roedores. Esses animais são marsupiais, ou seja, as fêmeas apresentam uma bolsa abdominal (marsúpio) onde carregam seus filhotes.
A preferência por este mascote tem objetivo de desmistificar e ressaltar a relevância desse pequeno animal. Além de nos ajudarem no controle de animais venenosos, os gambás são excelentes dispersores de sementes, que após sua ingestão germinam no solo. Infelizmente, um problema muito recorrente é o atropelamento em rodovias e, também, alguns moradores por desconhecimento da importância dessa espécie ou apenas por aversão, acabam matando-os.
Por fim, salientamos que o gambá-de-orelha-branca não emite nenhum mau cheiro, como ocorre com outras espécies de gambá, seu mecanismo de defesa é se fingir de morto. Alertamos a população que, caso encontre o animal, apenas o observe de longe, não interaja com animais silvestres. E, se encontrar algum animal atropelado e perceber que se trata de uma fêmea com filhotes no marsúpio, entre em contato com as autoridades responsáveis para prosseguir com o salvamento dos mesmos.
Renata Silva – Equipe Lagoa Verde/NEMA
Foto: Instituto Rã-bugio