Distanciamento Controlado e cogestão são discutidos no Encontro RS Cidades
Arita alertou para a necessidade de planejamento e monitoramento, bem como constante avaliação, para o combate eficaz à Covid-19
Durante a segunda edição do Encontro RS Cidades – Desafios 2021, cujo tema foi “Enfrentamento da pandemia de Covid-19”, a secretária da Saúde, Arita Bergman, apresentou, nesta quinta-feira (28/1), informações sobre o modelo de Distanciamento Controlado, cogestão e vacinação.
Ao lado do diretor de Auditoria da Secretaria da Saúde (SES), Bruno Naundorf, e do diretor do Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), Pedro Zuanazzi, Arita fez questão de falar especialmente aos novos gestores, que assumiram os municípios em janeiro, alertando para a necessidade de planejamento e monitoramento, bem como constante avaliação, para o combate eficaz ao coronavírus.
Por serem muitas as informações, a secretária ressaltou que vários sites governamentais estão abastecidos com todos os dados necessários para o enfrentamento da pandemia. Segundo Arita, é muito importante compreender que cogestão é a “gestão compartilhada do Distanciamento Controlado”, um modelo que tomou como referência o conceito de regionalização da saúde para o acompanhamento de 11 indicadores, de modo que cada região do Estado tenha hospitais e leitos de UTI à disposição da população.
“As medidas do governo são tomadas de acordo com a propagação do vírus e a capacidade de atendimento”, explicou Zuanazzi. Entre os indicadores estão os números de óbitos por 100 mil habitantes, de hospitalizações, de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e de confirmados em leitos clínicos em UTIs, entre outros. “É a junção de todos os indicadores que apontará a nota final para determinar a cor da bandeira em cada região”, disse.
Naundorf chamou a atenção para os diversos protocolos adotados e compartilhados, “todos construídos com a participação de boa parte da sociedade”. Alguns, ressaltou, são obrigatórios para todas as bandeiras e não podem ser flexibilizados, como as regras de distanciamento. Critérios de funcionamento do comércio, por exemplo, são variáveis. Para ele, é importante que a população tenha acesso à informação adequada, e os municípios devem trabalhar para isso.
Arita destacou que a pandemia deixa um legado para o Estado. “O Rio Grande do Sul começou com 933 leitos destinados para a Covid-19 e hoje chega a 1.986”, relatou. Atualmente todas as regiões de saúde estão assistidas, inclusive a de Guaíba, que não tinha nenhum leito e hoje conta com 40.
“É importante que haja um monitoramento constante dos leitos, de duas a três vezes ao dia”, comentou. Conforme a secretária, esta é a informação que embasa os cálculos. Arita explicou ser muito importante que os profissionais conheçam a realidade de cada território para que a verdade seja efetivamente retratada. “Juntos podemos adotar medidas satisfatórias”, garantiu.
Ao abordar o tema vacinação, a secretária salientou a necessidade de os gestores alimentarem o site coronavirus.rs.gov.br/tevacinars. “Muitos municípios não estão informando as doses aplicadas e esta transparência é necessária”, alertou. Trata-se, segundo ela, de um importante meio de controle sobre a adequada aplicação das doses, conforme os critérios técnicos. Houve mudança nos grupos prioritários, com a inclusão recente de trabalhadores da indústria e profissionais que atuam em funerárias. Com isto, o contingente deste grupo passa a ser de 5.080.094 vacinados no Estado.
Arita destacou que as vacinas “têm qualidade, eficácia e segurança”. Ela colocou a Secretaria da Saúde à disposição para orientar os gestores municipais, tanto os novos como também os que prosseguem à frente de suas cidades.
Ascom SES RS
Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini