Divisão de hidrovias da Portos RS concentra atividades de reparo de boias e faroletes
Atividades são realizadas a bordo de embarcações específicas, entre eles o centenário Benjamin Constant
Com o apoio da Marinha do Brasil (MB) e da Capitania dos Portos, a Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul (Portos RS) concluiu, na última quinta-feira (16), a manutenção da boia 5, localizada fora da Barra. O navio hidrográfico balizador Comandante Varela auxiliou no deslocamento do equipamento.
O balizamento da hidrovia entre Rio Grande e Porto Alegre é composto por mais de 260 sinalizadores, divididos entre boias de luz, balizas, faroletes e boais cegas. Esses equipamentos compõem a chamada sinalização náutica e garantem às embarcações e aos navegantes uma viagem tranquila e segura.
O sistema funciona praticamente como no trânsito de veículos, onde a cores verde e vermelha indicam os limites laterais dos canais navegáveis. Além disso, existem boias específicas que demarcam zonas com pouca profundidade, bifurcações, e perigos isolados que podem identificar locais com presença de rochas ou onde ocorreram naufrágios ao longo dos anos e são necessários para guiar as embarcações e evitar novos acidentes.
De acordo com o chefe de divisão de hidrovias da Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul (Portos RS), engenheiro Reinaldo Leite Gambim, a equipe de tripulantes do Navio Balizador Benjamin Constant é responsável pela manutenção de grande parte da sinalização náutica do estado. Somam-se aos responsáveis pelo balizamento do estado outras embarcações e suas respectivas tripulações que realizam a manutenção das vias navegáveis nos rios Jacuí e Guaíba.
O navio foi construído na Inglaterra, no ano de 1907, medindo 36 metros de comprimento, 7,5 metros de boca e 3,3 metros de pontal. Foi totalmente moldado em ferro e foi concebido inicialmente para atuar como draga. Ao longo dos anos, ele foi preparado para atuar na sinalização e teve os motores a vapor substituídos por outros a diesel.
O serviço é realizado periodicamente e cada tipo de equipamento tem sua particularidade. No caso dos faroletes, por exemplo, a manutenção se dá no local onde ele está instalado e o Benjamin Constant está preparado para realizar todo o tipo de atividade sem necessidade de retornar à oficina para o reparo.
Já as boias são retiradas, mas dependendo do serviço podem ser reparadas no local. Conforme Gambim, as boias, cegas ou luminosas, são mantidas na posição de projeto com o auxílio de equipamentos de fundeio compostos de correntes, manilhas, tornéis e anilho, além de uma poita de concreto que é fixada à extremidade inferior da corrente e que em nossos canais, pode variar de 900 kg a duas toneladas.
A divisão de hidrovias da Portos RS concentra as operações de manutenção da zona sul do estado na oficina do Porto de Pelotas, e da zona norte no Estaleiro Naval de Triunfo onde são realizados, além dos reparos da sinalização náutica, consertos emergenciais nas embarcações responsáveis pelo balizamento.
Assessoria de Comunicação e Marketing Portos RS
Foto: Divulgação/Portos RS