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Do primeiro animal a chegar ao último a sair: as etapas de atuação dos servidores da Agricultura na Expointer

Valente, ao centro, confere dados durante o julgamento dos bubalinos no Parque de Exposições Assis Brasil

São 106 profissionais da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) dedicados à parte animal da Expointer, entre médicos veterinários, zootecnistas e técnicos agrícolas. O fluxo de trabalho compreende várias etapas: a entrada dos animais, os julgamentos de admissão e de classificação, o acompanhamento do desfile dos grandes campeões e a saída dos animais, ao final da feira.

O primeiro ponto de ação das equipes da Secretaria é a recepção sanitária dos animais, quando médicos veterinários e técnicos agrícolas fazem a conferência da documentação sanitária – GTA, exames, testes, vacinas – e também uma inspeção clínica nos animais. “Somente são admitidos animais sadios, livres de ectoparasitas e sintomas de doenças infectocontagiosas, visando manter uma sanidade do rebanho dentro da Expointer, que é uma questão fundamental para que o evento ocorra de forma tranquila”, afirma o comissário-geral da exposição de animais da Expointer, o zootecnista Pablo Charão.

A entrada de animais começa na segunda-feira anterior ao início da Expointer e ocorre durante todo o evento. “Nos primeiros dias entram animais para os julgamentos, mas durante toda a Expointer entram animais, porque temos ainda os remates e as provas”, informa o médico veterinário Aurélio Maia Vieira, que coordena o serviço de inspeção de animais no desembarcadouro há quatro edições.

Julgamentos de admissão e classificação

Após a admissão sanitária, os animais são conduzidos aos seus pavilhões – as argolas, como se costuma dizer – estando aptos para o julgamento de admissão. O julgamento de admissão é composto por uma comissão de veterinários, zootecnistas e técnicos agrícolas da Secretaria da Agricultura e técnicos das associações de raça. São verificados a identidade do animal, tatuagem, dentição, documentação de laudos de exame andrológico (para os machos) e de gestação (para as fêmeas), peso, comprimento, perímetro torácico e algumas outras medidas específicas das raças. “A partir desses dados, a gente gera a planilha de julgamento, que vai auxiliar o juiz a ter dados para a classificação”, diz o médico veterinário Antonio Valente, que desde 2006 trabalha na área de zootecnia da Expointer.

As equipes de zootecnia da Seapdr acompanham as diferentes raças que participam da Expointer, divididas por categorias. A equipe dos bovinos de corte, da qual Valente faz parte, tem nove servidores. “Eu sou responsável pelo limousin, santa gertrudis e os bubalinos, murrah e mediterrâneo. Tem colegas que, dependendo do número de animais inscritos, ficam com somente uma raça. Um caso desta edição são os angus, são muitos inscritos, então tem um servidor que está acompanhando apenas essa raça”, detalha.

Passando por essa admissão zootécnica, os animais estão aptos para o julgamento de classificação ou julgamento morfológico. Os mesmos servidores da Seapdr que acompanharam, permitiram e avalizaram os animais no julgamento de admissão participam também do julgamento de classificação, como suporte aos jurados. “Os colegas estão ali como um apoio, para esclarecer quaisquer dúvidas que surjam, porque eles têm todos os dados desses animais à mão”, conta Charão.

Todos os resultados dos julgamentos são oficializados pelos servidores da Secretaria, ao lançá-los no Sistema de Defesa Agropecuária (SDA). Com esses resultados, são gerados relatórios para divulgação no site da Expointer com as informações oficiais dos campeonatos. O desfecho desta etapa é o desfile dos grandes campeões, na sexta-feira, que as equipes de zootecnia da Secretaria acompanham e dão suporte.

Uma saída segura

No último domingo de Expointer, por volta das 20h, começam as saídas dos animais, para retornarem a suas propriedades de origem. Os fiscais e técnicos agrícolas que cuidaram da entrada desses animais, agora verificam se toda a documentação está correta para a liberação.

De acordo com Aurélio, que coordena o serviço de inspeção animal na feira, as primeiras horas da saída são as mais críticas. “Como todo mundo quer ir embora, dá engarrafamento de caminhão, cavalo, gado, ovelha. É uma arca de Noé isso aqui”, brinca.

Ele ressalta que as equipes se revezam em plantões para dar conta do fluxo de saída, que é ininterrupto e vai da noite de domingo até a tarde da segunda-feira seguinte. “A gente trabalha a noite inteira e o serviço só termina quando sai o último animal”, afirma.

Ascom Seapdr

Foto: Fernando Dias/Seapdr

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