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Dragagem do canal de acesso ao Porto do Rio Grande é concluída com a retirada de mais de dois milhões de metros cúbicos de sedimentos

A Portos RS concluiu, no dia 9 de janeiro, a dragagem de manutenção do canal de acesso ao Porto do Rio Grande. A obra foi realizada pelo consórcio formado pelas empresas Jan de Nul do Brasil e Van Ord operando com as dragas HAM 318 e Lelystad para retirar os 2.850.000 metros cúbicos de sedimentos previstos no projeto.

O primeiro passo, após a assinatura da ordem de início dos serviços, em 18 de novembro do ano passado, foi a realização de um levantamento hidrográfico do canal, com o objetivo de apontar os locais com maior volume de sedimentos acumulados responsável pelo assoreamento do canal.

Essa ação permitiu que a dragagem ocorresse de forma eficaz e assertiva no restabelecimento das profundidades para uma navegação segura dando suporte para atividade portuária eficiente no contexto do complexo portuário do Porto Organizado do Rio Grande.

A draga TSHD HAM 318 entrou em operação atacando o trecho compreendido entre o primeiro par de boias do canal externo e o Terminal de Contêineres (Tecon), retirando 2.500.000 metros cúbicos de sedimentos. Já a draga TSHD Lelystad fez a retirada de 350.000 metros cúbicos entre o canal de acesso e berços do Porto Novo. A draga Lelystad, seguiu a operação de dragagem de manutenção até o dia 9 de janeiro quando informou a conclusão do serviço. Um levantamento hidrográfico final de dragagem foi realizado indicando o sucesso do projeto.

Sempre atenta a execução do contrato, a equipe de engenharia da Diretoria de Infraestrutura (DINFRA) da Portos RS acompanhou todos os momentos da obra, seja a bordo das duas dragas, através do rastreamento on-line, relatórios diários da obra, ou por meio de contato permanente com a tripulação e equipe de terra. Esse acompanhamento permitiu que todos os pontos contratados fossem devidamente monitorados e cumpridos.

De acordo com o diretor de infraestrutura da Portos RS, Lucas Meurer, ao longo de 2022 a dragagem de manutenção foi tratada como prioridade para que o serviço pudesse ser realizado e trouxesse ainda mais segurança para a navegação. “Dentro da diretoria ela foi a principal obra e principal entrega de 2022. Foi um investimento de mais de R$ 100 milhões feito com recursos próprios e processo licitatório todo centralizado na nova estrutura da Empresa Pública”, destacou Lucas.

Para o diretor de operações da Empresa Pública, Romildo Bondan, a conclusão da obra traz dois ganhos imediatos: a manutenção do calado do cais comercial e a possibilidade de revisão do calado do Superporto. “Terminado o serviço de dragagem, nós estamos aguardando a batimetria para de posse dos números fazermos essas análises”, completou Romildo. Ele também adiantou que a segunda etapa dos serviços de dragagem já estão contemplados no orçamento de 2023

Para o diretor de gestão, administrativa e financeira, João Alberto, a dragagem foi o primeiro grande processo conduzido no formato de Empresa Pública. Antes, com as licitações sendo tratadas pela Central de Licitações (Celic) do Estado, ao ser encaminhado o termo de referência e seus anexos, a demanda entraria em uma lista de prioridades do estado.

“Hoje, com a autonomia administrativa que nós temos, foi possível mostrar a celeridade e assertividade do processo, mas sobretudo, com uma equipe montada tecnicamente, com profissionais de grande experiência de mercado, mostrou que a decisão de transformação da autarquia em empresa pública, a partir da renovação do convênio de delegação, foi acertada e que proporciona uma potencialização nas ações e em tudo aquilo que permeia às atividades da autoridade portuária, em função da autonomia administrativa e financeira voltada para excelência em qualidade de suas entregas”, afirmou o Administrador.

Diretoria de Meio Ambiente também acompanhou o processo de perto.

No contexto ambiental destacamos que as dragagens de manutenção são objeto da Licença de Operação – LO nº03/1997 (3ª renovação) expedida pelo IBAMA para a operaço do Porto Organizado do Rio Grande. Para todo o projeto de dragagem de manutenção a Portos RS apresenta para o IBAMA um Plano Conceitual de dragagem (PCD) em atenção a Resolução CONAMA 454/2012 visando a autorização ambiental para executar o projeto. A obra em questão foi autorizada através do Ofício nº03/2022/COMAR/CGMAC/DILIC e Ofício nº265/2022/COMAR/CGMAC/DILI.

A Porto RS através da Diretoria de Meio Ambiente -DMA e da DINFRA seguiu todas as orientações expedidas pelo órgão ambiental visando manter o desenvolvimento das atividades portuária com regularidade, eficiência e respeito ao meio ambiente.

Durante a execução da dragagem de manutenção foram realizados monitoramentos ambientais com foco na qualidade da água do estuário da Lagoa dos Patos e região marinha adjacente aos molhes, na biota aquática, nos parâmetros meteoceanográficos cobrindo toda a região do canal de navegação e área de despejo do material dragado. Soma-se ainda o monitoramento do bolsão de lama acumulado na porção subaquosa da praia do Cassino, assim como o monitoramento da porção emersa da praia.

O Programa de Educação Ambiental – PROEA/Portos RS juntamente com a Gerência de Comunicação da Autoridade Portuária executaram a divulgação ambiental da obra de dragagem de manutenção, conforme Plano de Comunicação Social previsto no PCD. O referido plano atende as exigências do órgão ambiental quanto à divulgação antes, durante e depois da obra, através de produção de peças educomunicativas abrindo um diálogo através de diferentes suportes de comunicação e linguagens para a comunidade em geral.

Conforme o diretor de meio ambiente da Portos RS, Henrique Ilha, houve um controle muito rígido e os resultados mostraram o acerto das decisões técnicas, como por exemplo o local de despejo oceânico adequado e a utilização de dragas de grande porte e alto rendimento. “Com isso a Portos cumpre com o que tinha planejado e exposto para a sociedade de fazer dragagens menores todos os anos e tendo todos os cuidados ambientais”, completou Ilha.

Segundo o Presidente da Empresa Cristiano Klinger, quando houve a transformação de Autarquia para Empresa Pública, um dos grandes propósitos era realizar os investimentos necessários de infraestrutura.

“Cumprindo nosso papel como autoridade portuária, que é garantir a infraestrutura, nós como empresa, fizemos todo esforço e direcionamento para fazer esta importante obra de dragagem com todos os cuidados ambientais para garantir segurança da navegação e a aplicação de um recurso específico com a capacidade de fazer os investimentos. E já nos primeiros oito meses da empresa estamos entregando importantes obras com recursos próprios”, finalizou Klinger.

Assessoria de Comunicação Portos RS

Foto: Divulgação Portos RS

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