Especialista alerta sobre os perigos da automedicação para emagrecimento
Uso indiscriminado de medicamentos pode causar dependência química
Diminuição da qualidade de vida, fadiga e alguns quilos a mais na balança e aquela gordurinha indesejada podem indicar que está na hora de buscar o emagrecimento. Chega então o momento de avaliar quais métodos seguir para alcançar o peso desejado, mas com a devida atenção de não recorrer a procedimentos de risco, como o uso de certas medicações indiscriminadamente. No entanto, é preciso ter cuidado pois não há uma receita milagrosa e o processo de emagrecer deve ser acompanhado por profissionais de saúde, alimentação balanceada e atividade física são imprescindíveis, dependendo do caso, é indicado o uso de algum medicamento para auxiliar nesse processo.
“Alguns medicamentos que auxiliam na perda de peso atuam no organismo como inibidores de apetite e proporcionam sensação de saciedade. Medicações desse grupo só podem ser usadas com prescrição médica, mas algumas pessoas conseguem obter esses remédios de outras formas, e sem receber orientação. Os fármacos podem agir de maneira diferente em cada pessoa. Como resolver os problemas advindos da automedicação? O que fazer se o remédio causar interação medicamentosa? Sem conhecimento necessário sobre reações adversas e os riscos para a saúde a pessoa se coloca em uma situação perigosa.”, alerta o professor da Anhanguera, Raphael da Silva Affonso, doutor em química e farmacêutico.
O especialista destaca a atenção com medicamentos que contêm anfetamina, pois é uma substância que inibe o apetite, além de ser utilizada para o tratamento de transtorno do déficit de atenção, problemas do sono e hiperatividade.
Os derivados da anfetamina estão entre as drogas mais consumidas no Brasil e no mundo. Ela faz parte de um grupo de substâncias psicoestimulantes, que eleva os níveis de serotonina, noradrenalina e dopamina no cérebro e tem potencial para causar danos colaterais severos ao organismo. “As anfetaminas são drogas sintéticas e o uso dessas substâncias sem indicação e acompanhamento de um médico e do farmacêutico pode trazer graves consequências, como causar tolerância, fazendo com que o organismo passe a necessitar de doses cada vez maiores para saciar a dependência e isso pode levar o indivíduo a uma overdose”, alerta Raphael.
Os remédios para emagrecer são normalmente indicados pelo médico quando a pessoa não consegue perder peso mesmo com a prática regular de exercícios e alimentação saudável, quando existem outros problemas de saúde relacionados com a obesidade. “Para chegar ao peso ideal para a sua estatura e idade busque acompanhamento nutricional e do educador físico, mude seu estilo de vida, priorize a alimentação saudável e a realização de atividades físicas”, orienta o docente.
Confira outros perigos do uso indevido dos remédios para emagrecer:
- Sensação de boca seca;
- Ansiedade intensa ou irritabilidade;
- Alucinações;
- Depressão;
- Alteração da frequência cardíaca;
- Hipertensão arterial;
- Insuficiência renal ou hepática, entre outros.
Assessoria de Imprensa Anhanguera
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