Estado aborda os impactos gerados pela pandemia em crianças e adolescentes
O assunto será debatido na 11ª Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, promovida pelo Cedica
Inicia-se na segunda (8/5) a 11ª Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, promovida pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedica). A conferência será realizada no Salão de Atos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Retornando ao formato presencial após a pandemia, o evento tratará sobre os impactos que esse período gerou no processo de desenvolvimento dessa parcela da população.
O secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Mateus Wesp, ressalta a importância do debate para uma retomada assertiva. “Durante o período da covid-19, as crianças tiveram uma redução drástica na prática de atividades físicas, brincadeiras e socialização. Acabaram ficando mais tempo diante das telas”, afirma. “Os jovens também sofreram com a ruptura de suas rotinas de educação, recreação e, hoje, estão preocupados com o futuro. Por isso, estarmos debatendo esse cenário é fundamental para elaborarmos políticas públicas eficientes.”
A conferência é um espaço direcionado para a avaliação de ações em andamento e projeção de novas iniciativas e diretrizes relacionadas ao segmento, que serão seguidas nos próximos três anos. “O evento é um dos instrumentos de concretização do Controle Social Democrático, tão caro à nossa sociedade, pois é uma conquista obtida por meio de lutas sociais”, diz a presidente do Cedica, Mariele Diotti. “A participação de todos e todas é um direito e também um compromisso com a democracia e com os direitos das crianças e dos adolescentes.”
Além dos delegados e autoridades presentes, a conferência terá a participação de diversos integrantes do Comitê de Participação dos Adolescentes (CPA). Entre eles, está Maisa, de 14 anos de idade. “A nossa participação é muito importante. Esse é um espaço no qual somos ouvidos e onde podemos compartilhar as nossas vivências e enfrentamentos do dia a dia”, compartilha.
A participação dos adolescentes nessa etapa de debate sobre as futuras políticas públicas é fundamental no processo, para que se tenha maior representatividade. Vitor Nathan, de 15 anos, é representante do segmento da pessoa com deficiência e não pretende perder a oportunidade de se fazer ouvir. “Muitas vezes, nossos pais e familiares falam por nós, e acabamos ficando esquecidos na sociedade. Essa valorização da figura do adolescente é muito importante para nós”, destaca.
Alannis tem 17 anos de idade e também estará presente no evento. Orgulhosa com a oportunidade de participar, ela reforça o papel dos adolescentes nas decisões que serão tomadas. “Estarmos lá é essencial na nossa luta, para termos voz nas decisões políticas”, afirma. “Além disso, é muito importante garantirmos espaços de manifestações nos assuntos referentes aos nossos direitos, porque o resultado da aplicação da política no segmento é vivenciado na ponta por nós.”
Os impactos gerados nessa parcela da sociedade são tema de debates em todo o país. Neste ano, todos os estados estão realizando o processo conferencial com foco na mesma temática.
Sobre a Conferência
A Conferência Estadual da Criança e do Adolescente é realizada de três em três anos pelo Cedica. É um espaço público de discussão, mobilização e controle social da sociedade, na construção de uma agenda de diretrizes e ações para a política pública destinada à proteção integral de crianças e adolescentes.
11ª Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente
- Quando: de segunda (8/5) a quinta-feira (11/5)
- Onde: Salão de Atos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
- Promoção: Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedica), União Brasileira de Educação e Assistência (Ubea/PUCRS), Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH)
→ Regimento Interno e programação do evento
Ascom SJCDH
Foto: Divulgação SJCDH