Estado apresenta diagnóstico do projeto-piloto RS Nutrir Infâncias
A ação realizou uma pesquisa com 1,2 mil indivíduos em vulnerabilidade, que tiveram auxílio alimentar durante seis meses
O governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), realizou a devolutiva de dados do projeto-piloto RS Nutrir Infâncias, na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), em Frederico Westphalen, nesta quarta-feira (4/12). Participaram do evento trabalhadores da rede socioassistencial de 15 municípios das regiões Norte e Noroeste do Estado que fizeram parte da iniciativa.
Desenvolvido pelos departamentos de Segurança Alimentar (DSA) e de Atenção à Primeira Infância (Dapi) da Sedes, o projeto consistiu em aplicação de questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia) em domicílios com pessoas na faixa de pobreza e extrema pobreza, de acordo com o Cadastro Único, com gestantes e/ou crianças de 0 a 6 anos. A amostragem da pesquisa foi de 1.268 respondentes, que foram entrevistadas pelos profissionais da gestão municipal de cada cidade. A pesquisa foi dividida em três partes, com a distribuição de cerca de 11 mil cestas básicas. Os beneficiários tiveram assistência alimentar durante seis meses.
“É um trabalho que foi de todos, trouxemos informações importantes para acolhermos juntos, secretários municipais de assistência social, coordenadores e os visitadores. A partir das vivências observadas, a gente pode traçar o que podemos fazer. O projeto serviu para gerar conhecimento e nos guiar para direções mais certeiras”, destacou a diretora do DSA, Naiane Dotto.
Diagnóstico
De acordo com o diagnóstico geral, interpretado por meio da amostragem específica das pessoas do projeto-piloto, 25% se encontram em Insegurança Alimentar Grave, ou seja, em um domicílio onde os residentes possuem uma redução quantitativa de alimentos entre crianças e adultos; 20% estão vivendo em insegurança alimentar moderada, resultando na suposta redução quantitativa de alimentos entre os adultos; 42% estão em insegurança alimentar leve, quando há um sentimento de preocupação em relação ao acesso de alimentos no futuro. Essa característica também indica a redução qualitativa da alimentação, visando manter o padrão quantitativo. Outros 11% se encontram em situação de segurança alimentar, quando a família/domicílio possui acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade adequada, sem o comprometimento de outras necessidades essenciais.
RS Nutrir Infâncias
Um dos principais objetivos da ação é proporcionar assistência alimentar temporária às famílias atendidas pelo programa Criança Feliz, incentivando o cumprimento de metas do programa, ressaltando a importância de combater a desnutrição, excesso de peso pela má qualidade da alimentação e impactos negativos no desenvolvimento cognitivo, entre outros. Além disso, as metas estão em consonância com a promoção de adesão ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) e a produção de informação estratégica para a Política Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional. A iniciativa também busca refletir sobre a eficácia da remessa de alimentos.
“A criança desnutrida ou subnutrida, principalmente na primeira infância, começa a ser afetada na gestação. É muito importante nos atentarmos a esse eixo Nutrição, associado aos dados trazidos pelo projeto. É um problema que envolve assistência social, saúde e a educação, tendo em vista que muitas crianças possuem na creche e na educação infantil o seu único momento de alimentação no dia”, relatou a diretora do Dapi, Kênia Fontoura.
Estiveram presentes na mesa de abertura do encontro o prefeito de Seberi, Adilson Balestrin, e a primeira dama do município, Fancislaine Balestrin; a secretária municipal de Administração de Frederico Westphalen, Marizete Frozzi; a secretária de Assistência Social e Habitação de Frederico Westphalen, Luciane Zanatta; e a diretora-geral da URI, Elisabete Cerutti.
Ascom Sedes RS
Foto: Ascom Sedes RS
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