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Estamos em uma espécie de encruzilhada

Democracia significa poder do povo, mas será que temos poder realmente? Considerando que escolhemos, por meio do voto, quem nos representa a resposta parece ser sim! Entretanto, será que sabemos votar? Ou muitos (as) candidatos (as) são capazes de nos enganar a tal ponto que não nos damos conta, já nas campanhas, das suas faltas de competência. De qualquer jeito, se não tivermos bons (as) candidatos (as) torna-se complicado saber em quem votar e/ou se não fomos bem instruídos, da maneira adequada, não há como escolher de forma consciente. Segundo o grande filósofo Sócrates quando erramos por ignorância não devemos ser criticados e, nesse caso, votar consciente implica em ter sido educado para tanto. Nesse sentido, estamos em uma espécie de encruzilhada, por um lado há candidatos (as) não tão bons e, por outro, há quem não teve e não tem oportunidade de ter sido bem instruído. Como solucionar esse problema? A resposta parece simples: mediante a educação, contudo os responsáveis pelo sistema educacional são justamente os que têm menos interesse que sejamos bem instruídos (as), pois onde houver sucesso nesse quesito será algo semelhante a: “Dorothy, do filme mágico de Oz, retirar a cortina do mágico e perceber que ele não é quem aparentava ser”.

Ana Paula Emmendorfer (Professora de Filosofia e Lógica – Doutora em Filosofia/Unisinos-RS)

Foto: Pixabay

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