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Estudantes da Escola Maria Lucia Luzzardi seguem sem definição de início das aulas

Os estudantes da escola de educação especial Maria Lucia Luzzardi permanecem sem definição de início das aulas do ano letivo de 2023. O novo local de funcionamento da escola, informado há um mês, pela Prefeitura do Rio Grande, seria nas instalações do Asylo do Rio Grande, na rua 24 de maio, no centro de Rio Grande. No entanto, apesar da decisão e da data de início das aulas programada para segunda-feira, 24 de abril, mais uma vez, as aulas não irão iniciar como o previsto.

Em uma reunião na quarta-feira, 19 de abril, na Escola Viva, com a presença da secretária adjunta de município da educação, Cecília Pucinelli, as famílias foram informadas que há um impasse nas questões contratuais e do espaço disponibilizado no novo prédio. Segundo o relato dos pais, na reunião, teria sido avisado que o contrato junto ao Asylo ainda não foi assinado e de que estão ocorrendo divergências em relação a área física determinada para o uso da escola Maria Lucia Luzzardi. O novo local precisaria ser suficiente para o mobiliário que a escola possui e para atender na totalidade às necessidades educacionais das pessoas com autismo. Os pais explicam que a metragem e o espaço definido e tratado, na ocasião da reunião de 20 de março, precisa ser cumprido.

Umas das mães desabafa: “Os familiares já não estão gostando desta situação (de indefinição), porque se já existe um conflito, como poderemos deixar nossos filhos vivenciando este conflito?”

Na reunião, uma das mães relata que foram avisados: “Se for assinado o contrato na segunda-feira, 24 de abril, eles disseram que as aulas iniciam na próxima semana, dia 02 de maio. Mas se não for assinado, não temos para onde ir, voltamos para a mesma situação de fevereiro (quando não havia definição de novo local)”.

“O Ministério Público não fez nada. O conselho tutelar não faz nada. O Conselho municipal de educação não faz nada. É como se não houvesse este número expressivo de pessoas sem escolas na cidade do Rio Grande”, desabafa uma mãe.

Atualmente, a escola de Educação Especial Maria Lucia Luzzardi atende 132 crianças, adolescentes e adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Diante das circunstâncias, as famílias lamentam a falta de respostas e do compromisso com o que havia sido acordado em reunião no dia 20 de março junto à Prefeitura do Rio Grande e Secretaria Municipal de Educação. Onde na oportunidade, foi apresentado o novo espaço do Asylo, que abrigaria a escola de educação especial e com o consentimento dos familiares, ficou estabelecido que a Prefeitura teria o tempo para os trâmites necessários e reformas, para então, acolher os estudantes no novo local.

A insatisfação soma-se ao tempo já perdido de aulas e que, conforme explicam, têm impactado no atraso do desenvolvimento de crianças e adultos com autismo. Os pais contaram que receberam da escola conteúdo para serem feitos de forma remota, no entanto, explicam que as crianças não conseguem fazer as atividades e que essa espera pelo formato presencial tem provocado angústia e ansiedade nos estudantes e nas famílias.

Jornalista Thuanny Cappellari/RIO GRANDE TEM

Foto: Divulgação

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