Executivo discute com autoridades projeto de combate à fome no município
Em reunião virtual, o prefeito Fábio Branco coordenou e debateu com diversas lideranças religiosas, autoridades militares, educacionais e outras entidades da sociedade civil sobre um projeto de combate à fome no município e que atenda todas as pessoas que tenham necessidades alimentares e vivam em situação precária no município. A base do projeto partiu de uma iniciativa apresentada ao chefe do Executivo pelo bispo da cidade, D. Ricardo Hoepers.
Branco comentou que, “com o agravamento da pandemia, vivemos numa situação de guerra em que a fome tem preocupado bastante”. Citou que cresceu bastante o número de pessoas em situação de pobreza na cidade, especialmente, após o fim do pólo naval, e que o objetivo do encontro “foi apresentar a proposta e firmar um pacto”. Todos os envolvidos vão estar conectados, acentuou o prefeito.
A reunião, de acordo com o prefeito, teve como objetivo integrar todos os parceiros na nova proposta, além de potencializar as ações já existentes e incentivar outras pessoas e instituições que possam colaborar com idéias semelhantes. Ao final do encontro foi firmado um pacto de combate à fome. Posteriormente, vai ser formada uma coordenação para dar andamento do plano discutido nesta data.
A proposta do bispo
Ao apresentar a proposta, D. Ricardo citou números da miséria no país: são 10 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar grave. A idéia, de acordo com o bispo, é organizar toda a sociedade rio-grandina numa campanha de combate à fome e aproveitar todas as forças vivas da cidade, incentivando a solidariedade e arrecadar alimentos. “Não há muros, não há diferenças. Trata-se de uma situação de emergência”, afirmou.
Assim como o prefeito, D. Ricardo lembrou a necessidade de ser implantado um cadastro único na cidade, identificando quem são as pessoas necessitadas e quais as que já recebem algum tipo de auxílio. Muitas vezes, há casos em que algumas pessoas recebem mais de um apoio, por mais de uma entidade, enquanto outras não recebem nenhum tipo de auxílio.
Durante a reunião, Fábio Branco antecipou que, até o final do ano, deve estar em vigor uma nova política pública no município, isto é, um cadastro identificando todas as pessoas que necessitam de atenção dos órgãos públicos. Ele chama de “cadastro multifinalitário”.
Mensagem do Papa
Antes de concluir sua manifestação, o bispo apresentou uma reflexão do Papa Francisco: “Para a humanidade, a fome não é só uma tragédia, mas, também, uma vergonha. Em grande parte, é provocado pela distribuição desigual dos frutos da terra, a qual se acrescenta a falta de investimentos no setor agrícola, as conseqüências das mudanças climáticas e o aumento dos conflitos em várias regiões do planeta. Por outro lado, se descartam toneladas de alimentos. Diante desta realidade, não podemos permanecer insensíveis ou paralisados. Somos todos responsáveis.”
Confira abaixo as manifestações de algumas autoridades durante a reunião
Danilo Giroldo, reitor da FURG – Manifestou que é muito importante o papel da Prefeitura de buscar a união e a congregação da institucionalidade. Na FURG, lembrou que, no começo da pandemia, foi necessário converter parte dos investimentos para a assistência estudantil, a fim de trabalhar com o tema da insegurança alimentar que foi detectado na Instituição. A Universidade já desenvolve ações com a Prefeitura e CDL. Colocou a universidade à disposição e elogiou a iniciativa do cadastro multifinalidades.
Pastor Ronaldo Ribeiro, Presidente do Conselho dos Pastores do Rio Grande – Disse que a nossa força está na nossa unidade. Esse pode ser um dos maiores projetos nesse momento. O motivo dessa ação é ajudar ao próximo. Disse que vai mobilizar outros pastores para essa iniciativa.
Reverendo Ramacês Igreja do Salvador – A fome não tem escape.
Comandante Quadros, da Marinha do Brasil – Colocou à disposição o setor logístico da Marinha, com barracas, viaturas e outras possibilidades de integração para contribuir com a iniciativa apresentada pela Prefeitura.
Vereador Júlio Cesar, representando a Cruz Vermelha – Lembrou da importância do Banco de Dados como instrumento de multifinalidades. “O Banco deve estar acessível para todos poderem consultar e alimentar esse instrumento. Esse projeto (campanha de alimentos) é urgente e precisa ser concretizado na cidade”, afirmou.
Carlos Zanetti, presidente do CDL – Colocou a entidade e todos os setores empresariais da cidade à disposição da campanha. Disse que, nesse momento, “é muito importante toda essa união para podermos alcançar o que precisamos”. Para ele, a pandemia tem trazido muitos reflexos para a cidade e são necessárias ações como essa para a cidade passar por essa situação.
Eduardo Gazzola, presidente do Banco de Alimentos em Rio Grande – Lembrou que o órgão tem 10 anos e trabalha com 26 entidades. Falou que a expertise que o Banco tem pode ser fundamental para apoiar os novos trabalhos.
Comandante Pedro Ivo de Almeida Silva, do Exército Brasileiro, em Rio Grande – Disse que viaturas estarão à disposição, assim como pontos de capitação de alimentos. Sugeriu que a Defesa Civil seja o órgão que possa congregar todas as instituições.
André Miki, do Sebrae e Mesa Brasil – Apresentou como sugestão que as pessoas possam entregar no ato da vacinação 1kg de alimentos para doação.
Lú Compiani, primeira-dama no município – Comentou sobre a arrecadação de mais de 1,5 toneladas de alimentos, feita na campanha Rio Grande Solidário, desenvolvida em parceria com os supermercados Guanabara. Disse que a campanha é emergencial e pode se somar a essa nova iniciativa com diversos órgãos e entidades. Ela sugeriu que um dos galpões do Porto Velho possa servir de local para armazenar e centralizar as novas doações.
Assessoria de Comunicação Social – Prefeitura Municipal do Rio Grande
Foto: Divulgação