Executivo Municipal discute implementação do projeto “Marcadores” na travessia entre o Cassino e Hermenegildo
A Prefeitura do Rio Grande iniciou na manhã de ontem, 17, a discussão para implementação do projeto “Marcadores”. A iniciativa propõe estruturar, como trecho turístico e cultural, a travessia de Rio Grande ao Chuí, que é feita pela praia, do Cassino até o Hermenegildo. Para tanto, a ideia é contribuir com a orientação ao longo da rota, implementando, por exemplo, marcadores de quilometragem. A estruturação proposta pelo projeto envolve ainda o gerenciamento de informações sobre a trilha, assim como outras formas de suporte a turistas e trilheiros que se dispõem a fazer a travessia de cerca de 230km.
Os principais pontos abordados na reunião discutiram melhorias na estrutura do trecho, pensando tanto no sentido turístico e cultural, para torná-lo mais conhecido e apreciado, quanto no sentido ambiental e da própria experiência da travessia, considerando o respeito ao meio ambiente e a preservação das características rústicas e desafiadoras da trilha.
A reunião foi coordenada pela Primeira-dama Lu Compiani, que enfatizou como é importante construir o projeto de maneira conjunta. “Esse projeto está sendo pensado e será colocado em prática a várias mãos. Por isso nós estamos reunidos para discutir sobre ele e para ouvir quem já teve a experiência da travessia, como o Gustavo e o Vladmi. “, comentou a Primeira-dama.
Na oportunidade, o trilheiro Gustavo Sciotti e o corredor rio-grandino Vladmi dos Santos, também se fizeram presentes. Depois de completar a travessia de Rio Grande até o Chuí a pé, Sciotti escreveu o livro “Abismo Horizontal: Uma Jornada Solitária pela Maior Praia do Mundo”, no qual conta sua experiência. Durante a conversa por videoconferência, o mochileiro fez comentários sobre a trilha e mencionou a caminhada como uma experiência de autoconhecimento e reflexão por onde é possível contemplar a diversidade, riqueza e as belezas do lugar. “Eu saí de lá outra pessoa. A praia mudou minha vida e é isso que eu quero despertar nas pessoas. O mais importante é essa imersão num universo sobretudo interno.”, falou.
Sciotti elogiou a iniciativa do Executivo Municipal pela construção do projeto “Marcadores” e contribuiu com a proposta, opinando sobre como fazer melhoras no trecho e ampliar o acesso das pessoas à travessia a às belezas que sua paisagem oferece. Para Sciotti, estruturar um projeto como o “Marcadores”, demanda pensar em todos os tipos de públicos. “A partir do momento em que você abre a travessia, se deve pensar de maneira ampla e têm pessoas que vão preferir fazer essa trilha com mais estrutura. É interessante manter o lado rústico, mas ampliar pontuais estruturas para todos os públicos transforma a experiência em algo mais acessível. Acho que vai agregar.”, comentou.
Para Vladmi, que é cego e completou a travessia sozinho em 48 horas na ultramaratona “Extremo Sul” em 2019, a ideia de implementar demarcações para orientar os atletas durante a caminhada é válida. Nesse sentido, o para-atleta falou do potencial do lugar e destacou a importância de manter a essência do cenário.
Além da primeira-dama Lu Compiani, de Vladmi dos Santos e de Gustavo Sciotti, também participaram da discussão os secretários de Desenvolvimento, Inovação e Turismo, Gilberto Sequeira, de Meio Ambiente, Pedro Fruet, do Cassino, Sandro de Oliveira, o Secretário da Cultura, Luis Henrique Drevnovicz, o diretor do Museu Oceanográfico, Lauro Barcellos, o psicólogo Bira Meyer Lopes e outros representantes do Executivo Municipal.
O projeto segue em discussão como proposta sustentável de turismo e cultura na região. Nos próximos dias a ideia é colocar a pauta em discussão juntamente com a Prefeitura de Santa Vitória do Palmar e também com agências de turismo que já trabalham com a travessia na região.
Assessoria de Comunicação Social – Prefeitura Municipal do Rio Grande
Foto: Divulgação PMRG