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FBOT segue entre as dez melhores equipes do mundo na categoria de robôs domésticos

Equipe composta por estudantes da universidade participou de mundial de robótica na França

A equipe de robótica da FURG (FBOT), composta por estudantes de graduação e pós-graduação da universidade é a 9ª melhor equipe do mundo na categoria @home, responsável por testar as respostas de um robô em tarefas domésticas. O resultado ocorreu após disputa no Mundial de Robótica RoboCup 2023, que aconteceu entre os dias 4 e 10 de julho em Bordeaux, na França.

Para o integrante da equipe, Jardel Dyonísio, a conquista é crucial para desenvolvimento contínuo do projeto, uma vez que, ao enfrentar competidores de alto nível, os desafios se tornam mais complexos, estimulando a busca por melhorias e aprimoramento das habilidades do robô utilizado; além de possibilitar a troca de conhecimento e experiências com os outros 17 times classificados.

“A competição eleva o nível a cada edição, bem como as provas executadas são alteradas a cada ano. Nesse sentido, a principal prova que executamos no mundial e no brasileiro de 2022 foi retirada das possíveis provas. Outra mudança foi um maior número de equipes passando de 12 equipes da última competição mundial para 17”, explicou o estudante.

Além de Jardel, completam a comitiva da FURG, os estudantes Emilly Lamotte, Luis Milczarek e João Francisco Lemos.

Competição

No primeiro dia do mundial, a FBOT levou a Doris – acrônimo para “Domestic Robotic Intelligent System” – até a arena e realizou um mapeamento do ambiente, testando algumas habilidades do robô. Além disso, a equipe discutiu com a organização sobre como seriam as provas e quais mudanças haviam sido feitas.  No segundo dia, os quatro membros se dividiram em duplas para realizar os testes finais no robô, e ao mesmo tempo apresentar o funcionamento da Doris, por meio de pôsteres. A primeira prova foi de inspeção, que exigiu a demonstração de que a robô era capaz de se mover pela casa sem colidir com objetos ou humanos no caminho. Após esta primeira etapa, a FBOT seguiu para as provas do primeiro estágio.

Os novos desafios envolveram as habilidades individuais do robô, tais como o reconhecimento de pessoas, objetos; além da capacidade de entender e responder perguntas. Segundo Jardel, a FBOT conseguiu adquirir pontos nessas provas, mas durante as execuções, tiveram alguns problemas de indicação do robô.

A competição também possibilitou o teste de novas implementações na Doris: reconhecimento facial aprimorado – incluindo a percepção de gestos -, por meio de uma câmera melhor projetada em sua movimentação; além da adequação no escaneamento do ambiente, sem um conhecimento prévio, a fim de facilitar sua locomoção.

Dificuldades

Ainda segundo membros da equipe, antes da FBOT iniciar sua participação na competição, algumas dificuldades como o alto custo para viabilizar a inscrição e a viagem dos estudantes começaram a aparecer; este impeditivo fez com que somente quatro participantes pudessem viajar para o mundial.

“Até um mês antes do evento não tínhamos a certeza se iriamos poder participar por conta da falta de recursos”, reitera Jardel. Ainda segundo ele, a equipe opera, normalmente, com 14 integrantes, mas, em função da participação de apenas quatro competidores, notou-se uma sobrecarga de funções. “É sempre muito importante ter todos os membros juntos para trabalhar, porque à distância não é possível contribuir da mesma maneira. A ausência de professores e técnicos como suporte também foi uma das dificuldades sentidas”, completou.

Por fim, o estudante agradeceu aos patrocinadores e apoiadores que contribuíram e tornaram possível a participação da FBOT no mundial: a Refinaria de Petróleo Riograndense, Poatek, iCurt e Go Ahead; além dos apoiadores: FURG, Centro de Ciências Computacionais (C3), Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande (Faurg) e Prefeitura Municipal do Rio Grande.

Planos para o Futuro

De acordo com Jardel, o grupo agora opera com um robô mais capacitado, em termos de habilidades práticas; este cenário promove novas possibilidades operacionais, como a integração da visão do robô com a manipulação do braço. “Essa é uma das únicas habilidades que faltam para a Doris executar todas as provas”, destacou o estudante.

A próxima competição no radar da equipe é o campeonato brasileiro, que ocorre em outubro deste ano. “O período que antecede esta competição é curto, então, o pouco tempo que temos será usado para verificar o que não está otimizado e validado, para garantir que todas as habilidades do robô estão funcionando da melhor maneira”, concluiu.

Secom FURG

Foto: Divulgação

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