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Forte vento e chuva intensa deixaram rastro de danos materiais na FURG

Após fenômeno, equipe da Proinfra atua para reverter estragos causados na universidade

Com alerta vermelho fixado ainda na quarta-feira, 12 – dia em que o fenômeno começou a atingir cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina -, o ciclone extratropical passou pelo município do Rio Grande com ventos que chegaram à casa dos 146 km/h; pico foi registrado na madrugada desta quinta-feira, 13. Na FURG, os estragos somam danos às coberturas de mais de 15 prédios; conjuntos de esquadrias de dez prédios; além de quatro estruturas que foram completamente danificadas, incluindo o pórtico de entrada pela estrada Roberto Socoowski.

Ainda na manhã de quinta-feira, 13, a equipe da Pró-reitoria de Infraestrutura (Proinfra) iniciou o processo de quantificação e catalogação dos danos ocasionados. Nesta etapa, o grupo de trabalho começou a planejar as ações de curto e médio prazo para reverter os estragos registrados. Com a lista completa, será possível embasar a tomada de decisão para as ações de reconstrução, que devem considerar, também, as possibilidades financeiras dentro do cenário orçamentário atual da instituição.

De acordo com o reitor Danilo Giroldo, a gestão da universidade está em contato direto com o Ministério da Educação (MEC) para tratar da possibilidade de ajuda externa para o processo de recuperação dos danos causados. “Manifestamos a nossa solidariedade com toda a população afetada pelo ciclone e lamentamos os danos na infraestrutura da FURG, mais concentrados no campus Carreiros e em São Lourenço do Sul. Vamos trabalhar com muita dedicação para recuperar tudo no menor tempo possível. Estamos em contato constante com o MEC e esperamos receber algum apoio para superar estas dificuldades. Graças ao trabalho da equipe da Pró-reitoria de Infraestrutura, estamos conseguindo mapear tudo e garantir a retomada das atividades o mais breve possível”, declarou o gestor.

Informes

As atividades acadêmicas e administrativas retornam na segunda-feira, 17; o calendário acadêmico sofrerá ajustes para reposição dos dias letivos perdidos durante a suspensão, e deverá ser atualizado em breve no portal furg.br.

Avarias

Os estragos registrados na FURG pela Proinfra foram catalogados em três grupos diferentes: esquadrias, coberturas e estruturas. O primeiro contempla todo conjunto de avarias em janelas e vidros dos prédios do campus Carreiros. Até então, têm-se catalogadas como danificadas as janelas de uma das salas de aula do Pavilhão 4; diversas esquadrias do Centro de Convivência (CC); os vidros internos da Proinfra; uma porta de vidro do Pavilhão 3; um painel em vidro do Pavilhão 5; o portão da Casa do Estudante (CEU) 1; um Brise do Celi e CFOP; além de vidrarias do Centeco, Ginásio, Prédio da Nova Área Acadêmica; e Instituto de Educação (IE).

As coberturas, por sua vez, representam um conjunto de estruturas que cobrem os prédios da FURG. Neste grupo, foram confirmados danos no prédio da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Progep); no Cidec-sul; no CTG; nas oficinas de hidráulica e mecânica; nos Pavilhões 1, 3 e 5; no Ceilors; no Horto; no Biotério; na área central do CFOP; na área central da Secretaria de Educação à Distância; no prédio do Instituto de Matemática e Física (Imef); na claraboia dos laboratórios de Botânica e Limnologia; no Centro de Biodiversidade Subtropical; no prédio Teias; no Centro de Convívio Meninos do Mar (CCMar); e no prédio 2 do campus de São Lourenço do Sul.

Por fim, também foram registrados danos por completo em quatro estruturas da universidade, ou seja, estragos que inviabilizam por completo o uso destas estruturas, sendo elas: o conjunto de placas solares; o conjunto de estufas da Estação Marinha de Aquicultura (EMA); e o pórtico de entrada pela estrada Roberto Socoowski. A cobertura do Ginásio da Bolha foi afetada em cerca de 1/3 de sua estrutura total, no entanto, o uso do espaço está inviável até o reparo. Ao todo, entre danos maiores e menores, a Proinfra mapeou o prejuízo de mais de R$ 2 milhões de reais na FURG.

De acordo com o pró-reitor de Infraestrutura, Rafael Gonzales, as equipes da Proinfra já atuavam em alerta desde a tarde de quarta-feira, 12, primeiramente na revisão e reabastecimentos dos geradores de energia elétrica de Prédios como o Centro de Gestão de Tecnologia da Informação (CGTI), Estação Marinha de Aquicultura (EMA), Pavilhão 4, Restaurante Universitário (RU) II, Instituto de Ciências Biológicas, entre outros.

“Ainda na noite do dia 12, as equipes de manutenção elétrica mantiveram monitoramento constante da rede, assim como realizaram vistoria já nas primeiras horas da manhã de quinta-feira, 13. Neste ponto foi constatado que não haviam avarias na rede interna do Carreiros”, explicou o pró-reitor, que destaca, também, o trabalho da equipe de vigilância durante a noite da passagem do ciclone, momento em que o campus se encontrava sem energia elétrica e com presença dos fortes ventos.

A partir da manhã da última quinta-feira, 13, se deu início ao trabalho de diagnóstico conduzido em conjunto com as equipes da Diretoria de Obras (DOB) e da Prefeitura Universitária (PU), para identificar pontos críticos e a necessidade de ações de curto e médio prazo. “Os principais pontos de possível entrada de água por esquadrias foram fechados já naquela ocasião, com a utilização de tapumes, para posteriormente realizar o reparo com uma empresa especializada. Já o trabalho nas coberturas foi apenas diagnosticado na quinta-feira, necessitando, primeiramente, de uma melhoria na condição climática e também o apoio de empresas de construção civil para efetuação dos reparos”, declarou Rafael.

As ações de correção dos danos causados iniciaram nesta sexta-feira, 14, priorizando os prédios de salas de aula. “Quanto às placas solares, houve dano em duas áreas, sendo a primeira delas e mais impactada a mini usina de solo próxima ao prédio da Secretaria de Comunicação (Secom), e a segunda, a mini usina do tipo CARPORT junto ao estacionamento do Pavilhão 5 e IE.

Houve ainda a queda de dezenas de árvores ao longo do campus Carreiros, o que demandou ação constante da equipe do horto universitário e de jardinagem, que continuam atuando no corte e remoção de troncos, galhos e folhas.

“Os trabalhos são extensos e não cessam em apenas um dia, as próximas semanas serão de muita atividade para reestabelecer as áreas degradadas, inicialmente com ações emergenciais como o reparo de diversas coberturas, desmontagem da estrutura remanescente do pórtico, retirada de placas solares, dentre outros; em um segundo momento serão encaminhadas futuras contratações das soluções de médio prazo”, concluiu o pró-reitor de Infraestrutura.

Secom FURG

Foto: Hiago Reisdoerfer/Secom FURG

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