Futuro dos portos do RS é abordado em palestra
Estima apresentou as potencialidades, as necessidades e a visão do governo para o sistema logístico gaúcho
O superintendente dos Portos do Rio Grande do Sul, Fernando Estima, foi o palestrante da edição 51 da reunião-almoço Tá em Pauta, promovida pela Câmara de Comércio da Cidade do Rio Grande em parceria com o Grupo RBS. Com o tema Portos RS: o futuro da gestão hidroportuária dos Portos do Rio Grande do Sul, ele abordou as potencialidades, as necessidades e a visão do governo do Estado para o sistema logístico gaúcho. Na abertura do evento, o presidente da Câmara de Comércio, Antônio Carlos Bacchieri Duarte, abordou sobre a alegria de ver o salão nobre da entidade lotado para acompanhar a apresentação.
Estima foi nomeado superintendente dos Portos do Rio Grande do Sul no início do ano. Desde 2017, com a extinção da antiga Superintendência de Portos e Hidrovias, é de responsabilidade da autarquia a função dos portos lacustres e também a hidrovia gaúcha. A administração de todo esse sistema hidroportuário ocorre em Rio Grande.
O superintendente fez um balanço de seus primeiros cem dias de administração, período em que já avançou em pautas como a travessia de balsa entre Rio Grande e São José do Norte e também nas relações porto e cidade. “É imprescindível o relacionamento destes três grandes órgãos, e eles possuem relação. O porto com a cidade e o porto com a academia”, disse, em referência à Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e à prefeitura.
Sobre a dragagem de manutenção do canal de acesso, Estima lembrou que a judicialização e o período de obra parada geraram um aumento significativo do custo da obra. “A judicialização do processo fez com que todos revisassem os procedimentos, se certificassem, e estamos realizando a obra dentro de tudo aquilo que foi acertado entre todos os envolvidos”, afirmou. O superintendente informou que 65% da obra já está concluída e que em dois meses deverá se encerrar. “Após precisamos homologar o novo calado do porto e dar segurança aos armadores de que teremos condições de atendê-los.”
No intuito de destacar os planos de gestão, Estima apresentou três eixos temáticos que foram escolhidos como principais: revisão do modelo de gestão; plano de dragagem constante; e controle de tráfego portuário. Destacou ainda a necessidade de industrialização do Estado e da criação de um conceito de Porto-Indústria utilizando a retroárea e o Distrito Industrial. “São 2,5 mil metros quadrados de áreas disponíveis. Estive com dirigentes de outros portos e muitos disseram que queriam ter o que temos aqui”, contou. Concluindo, afirmou que a industrialização garantirá movimentação e mais valor agregado aos produtos gaúchos.
SECOM RS
Foto: Assessoria de Comunicação SUPRG