HU-Furg inicia dispensação de medicação para tratamento da Infecção Latente da Tuberculose
Estratégias de prevenção e controle da tuberculose são fundamentais para proteger a saúde dos pacientes imunodeprimidos
O Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr., da Universidade Federal do Rio Grande (HU-Furg), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), iniciou, em 12 de julho, a dispensação de medicação para o tratamento da infecção latente da tuberculose (ILTB) em pessoas que vivem com HIV/aids. Esse tratamento, antes centralizado pelo Serviço de Tuberculose da Prefeitura Municipal do Rio Grande, agora passa a ser realizado pelo Serviço de Atendimento Especializado em Infectologia (SAE Infectologia), entrada pelo Acesso 7 do HU-Furg, via Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo a chefe da Unidade de Doenças Infecciosas e Parasitárias (UDIP), Rossana Basso, que coordena o SAE Infectologia: “As medicações são administradas em doses semanais, seguindo os protocolos do Ministério da Saúde, validados dentro do HU e dispensados pelas enfermeiras do SAE Infectologia. Este é um avanço, considerando que a tuberculose é uma das principais infecções oportunistas que contribuem para a mortalidade em pacientes imunodeprimidos”.
A enfermeira Fernanda Mattos de Souza, uma das responsáveis pelo atendimento no SAE Infectologia, disse que a “estimativa inicial é atender 500 pessoas que vivem com HIV/aids”. O tratamento da ILTB ajuda a evitar o desenvolvimento da tuberculose ativa em pacientes imunodeprimidos, pois a ILTB é uma condição em que a pessoa está infectada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, mas não apresenta sintomas da doença ativa. O bacilo permanece viável no organismo, sem causar a doença.
Pacientes imunodeprimidos são indivíduos que possuem o sistema imunológico enfraquecido ou, de alguma forma, comprometido, tornando-os mais suscetíveis a infecções ou doenças. As principais causas da imunodepressão incluem: doenças autoimunes, como HIV/aids, lúpus e artrite reumatoide; quimioterapia e radioterapia; transplantes de órgãos, que requerem medicamentos imunossupressores; e doenças congênitas que afetam o sistema imunológico. Esses pacientes têm maior risco de desenvolver infecções oportunistas, como a tuberculose, que pode se manifestar de forma ativa e causar sintomas graves.
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh
Foto: Leonardo Andrada de Mello/UCR15
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