Iconicidades: Estado lança projeto que une economia criativa e patrimônio arquitetônico
Objetivo é ressignificar espaços icônicos para criar ecossistemas criativos e novos negócios
Tornar as cidades gaúchas mais empreendedoras, inovadoras e criativas e estimular a retomada e a revitalização de espaços arquitetônicos simbólicos para estabelecimento desses novos negócios. Esses são os principais objetivos do projeto Iconicidades, lançado pelo governo do Estado nesta segunda-feira (21/6).
A ideia é identificar e revitalizar arquiteturas simbólicas em todo o Rio Grande do Sul, dando a elas um novo sentido, além de estimular a inovação e a economia baseadas no capital intelectual, contribuindo para criar ecossistemas criativos e que estimulem novos empreendimentos.
“Queremos tornar o Estado cada vez mais atraente para nossa juventude. Nosso Estado envelhece mais rápido que outros e viu desabar a atração de jovens. Muitas instituições de renome formam profissionais que logo vão embora. Para alguém escolher viver no Rio Grande do Sul, as cidades precisam ser inspiradoras. Por meio desse projeto, queremos ajudar a ressignificar um prédio, um parque, um local que se torne símbolo para a cidade, para dar a esses locais novos sentidos e novos propósitos. Essas renovações dos espaços são instrumentos de transformação das cidades e do Rio Grande do Sul como um todo, tornando nosso Estado mais atraente para que as pessoas aqui queiram viver”, destacou o governador Eduardo Leite durante o evento de lançamento, em formato híbrido, na Casa da Ospa. A transmissão na íntegra pode ser conferida aqui.
Neste primeiro momento, um chamamento público aos municípios coletará candidaturas que serão avaliadas por uma comissão técnica que poderá contar com representantes de organizações da sociedade civil e entidades. A candidatura é aberta a todas as cidades que tenham pelo menos 100 mil habitantes. Cada uma terá oportunidade de inscrever quantos espaços quiser, por meio do formulário disponível no site iconicidades.rs.gov.br.
Os critérios que nortearão a comissão são engajamento e interesse do gestor local, existência de iniciativa prévia que se adapte ao projeto, sustentabilidade, desenvolvimento socioeconômico e a complexidade do projeto.
“O entrelaçamento desses dois temas – o fomento à inovação e a ressignificação de arquiteturas identitárias do Rio Grande do Sul – promoverá importantes ganhos aos gaúchos. Para isso, será fundamental que se tenha engajamento social e empreendedor, além de uma intensa colaboração entre Estado e municípios. O governo topa essa empreitada e demonstra que está aberto para o novo”, afirma o secretário de Planejamento, Governança e Gestão, Claudio Gastal.
As cinco propostas de locais mais bem avaliadas contarão com apoio do Estado para a elaboração dos projetos conceitual, executivo e de viabilidade. “Isso ocorrerá por meio de um concurso público voltado a arquitetos de todo o país, que criarão planos de revitalização aderentes aos usos que cada município pretende. Dessa forma, contaremos com conhecimento técnico e criativo em sua melhor forma, independente da origem geográfica”, avalia o diretor-geral do Escritório de Desenvolvimento de Projetos (EDP), Hiparcio Stoffel, que gerencia a iniciativa.
As melhores ideias para cada espaço serão premiadas com valores entre R$ 10 mil e R$ 20 mil, além de contrato para desenvolvimento do projeto executivo para o primeiro colocado. Em contrapartida, os municípios assumirão o compromisso de executar as intervenções previstas e, posteriormente, coordenar localmente a iniciativa.
“Precisamos nos preparar para aproveitar oportunidades de transformar nossas cidades. Em Barcelona, fizemos o que o governador Eduardo Leite está planejando, que é identificar locais icônicos e transformar seus entornos em espaços de empreendedorismo. Foram mais de 200 hectares moldados para a economia do conhecimento, promovendo desenvolvimento econômico e social, transformando a economia, a infraestrutura e a sociedade”, exemplificou Josep Piqué, presidente do Parque Tecnológico de Barcelona e ex-presidente da Associação Internacional de Parques Tecnológicos e Áreas de Inovação.
Projeto Pavimenta
Ainda nesta segunda-feira (21/6), o governo do Estado lançou o programa Pavimenta, cuja intenção é firmar parcerias entre Estado e municípios para o incremento e a qualificação da infraestrutura rodoviária das cidades.
Por meio do Pavimenta, o Estado prestará apoio aos municípios de duas formas. A primeira é no desenvolvimento de projetos de engenharia de infraestrutura rodoviária. Uma segunda possibilidade é a análise da viabilidade técnica de propostas existentes, que pode dar lugar a convênios para a realização de investimentos nas obras selecionadas – mediante contrapartidas dos municípios.
O governo do Estado lançou um edital de seleção de projetos de municípios (disponível em estado.rs.gov.br/saam). O documento detalha as condições para manifestação de interesse de adesão, bem como os critérios de aprovação das propostas. Serão considerados aspectos técnicos (existência de acesso asfáltico municipal, por exemplo) e socioeconômicos (Índice de Desenvolvimento Socioeconômico – Idese e projeção de que a obra proporcionará fomento econômico na localidade).
Avançar
Ambos os projetos fazem parte do Avançar, programa transversal que passa a envolver as iniciativas com as quais o governo do Rio Grande do Sul pretende acelerar o crescimento econômico e incrementar a qualidade da prestação de serviços à população. Resultado de um ambicioso ciclo de reformas estruturais, construído a partir de diálogo com a sociedade, o Avançar organizará as principais entregas da gestão 2019-2022, tendo como fundamento os resultados alcançados pela atual administração.
Três eixos compõem a iniciativa: Avançar com Sustentabilidade, Avançar para as Pessoas e Avançar no Crescimento. O primeiro engloba projetos nas áreas ambiental, de tecnologia e de inovação. O segundo reúne ações com foco na prestação de serviços públicos nas áreas de saúde, educação, ação social, segurança e cultura. O terceiro eixo, Avançar no Crescimento, trata de apoio à atividade econômica, desonerações fiscais, logística e mobilidade.
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Ascom EDP-SPGG
Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini