Instituições reúnem-se para debater os benefícios que a proteção das dunas em Rio Grande trará para a sociedade

No dia 10 de julho, reuniram-se no NEMA representantes da SMMA, SMC, ICMBio e SUPRG para a 1ª Reunião Interinstitucional do Projeto Mar de Areia, patrocinado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.  Neste encontro, realizou-se uma reflexão conjunta entre as entidades oficialmente apoiadoras do projeto, com o objetivo de caracterizar os benefícios ligados à criação de duas Unidades de Conservação nas dunas de Rio Grande.  Os participantes também identificaram outras instituições e grupos organizados da sociedade civil que possam ter interesse na execução do projeto, os quais serão convidados a participar de várias reuniões setoriais que estão programadas para o próximo semestre.

Para a coordenadora do projeto, Oceanóloga Lilian Wetzel, é fundamental que todos os interessados sejam e sintam-se ouvidos no processo.  A ideia é esclarecer para a comunidade os benefícios (ambientais, mas também econômicos e sociais) que isso pode trazer para o município e para a sociedade.  Com a criação de um Parque Natural nas dunas adjacentes ao molhe oeste, a partir da qualificação das áreas de uso público será criada uma maior infraestrutura para um turismo bem planejado e ordenado, oferecendo melhores condições para o comércio e novas oportunidades de educação e recreação – como, por exemplo, através criação de um Centro de Visitantes próximo aos Molhes.  Já com um Refúgio de Vida Silvestre nas dunas mais isoladas, poderá surgir um novo e promissor mercado para as atividades de ecoturismo em seu entorno.  Além disso, é de suma importância a visível proteção física que as dunas bem conservadas oferecem contra o avanço do mar sobre as propriedades interiores, rurais ou urbanas.

“Queremos construir com essa rede de interessados o suporte social e político necessário para a proteção das dunas, a partir do reconhecimento das vantagens que isso pode trazer a todos, moradores de Rio Grande e turistas,  incluindo os tradicionais veranistas provenientes de outras partes do Brasil e também do exterior”, diz a coordenadora do projeto.