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Leite participa da primeira reunião do comitê nacional de enfrentamento à pandemia

“Precisam ser medidas mitigadoras para não disparar o dólar, a inflação e não aumentar juros, fazendo o povo pagar”, disse Leite

O governador Eduardo Leite participou, nesta sexta-feira (26/3), da primeira reunião do Comitê Gestor de Enfrentamento da Pandemia da Covid-19, instituído pelo governo federal para definir e coordenar ações nacionais.

Com participação de governadores de todo o país, o encontro virtual foi coordenado pelo presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco, que será responsável pela interlocução dos governadores com a Presidência da República e o Ministério da Saúde para definir “as políticas nacionais uniformes” contra a pandemia.

Em sua manifestação, o governador do Rio Grande do Sul falou da dificuldade de articulação com o presidente da República, o que dificulta a união entre Estados e municípios que formam o Brasil.

“Isso dificulta muito o trabalho, porque somos todos governadores que estamos nos esforçando para nos articularmos aqui, mas estamos todos em um mesmo nível hierárquico, e presidente é um, e somos 27, então ele deveria estar liderando esse processo. Mas não só se omite como lidera na direção contrária, e enfrenta, confronta, e nos faz despender enorme energia não só pelos ataques que sofremos, mas pelas mentiras que temos que desmentir”, iniciou dizendo Leite.

Em seguida, o governador gaúcho destacou quatro pontos que considera como fundamentais a serem trabalhados neste comitê nacional, criado mais de um ano depois do início da pandemia.

“Primeiro, a articulação internacional para que o Brasil seja priorizado na vacinação. Segundo, a questão dos leitos, com financiamento garantido pelo Ministério da Saúde, e a articulação pelos medicamentos fundamentais do kit entubação, que é a crise iminente que temos. Terceiro, o auxílio emergencial que precisa ter valor adequado, mas, também é importante destacar, com as devidas ações de responsabilidade fiscal. Precisam ser medidas mitigadoras para não disparar o dólar, não disparar a inflação e não aumentar juros, fazendo o povo pagar o preço de outro lado. Por isso, o Congresso precisa liderar também as medidas mitigadoras de pressão fiscal que esses auxílios acabam causando. Por fim, em quarto lugar, precisamos ter uma articulação na questão do distanciamento. É importante que deixe de haver confronto por parte do presidente e possamos ter então a condição de articular distanciamento de forma adequada no país”, afirmou Leite.

SECOM RS

Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini

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