Maternidade sem rótulos: Luciana, a mãe que ilustra a campanha do Praça Shopping

6 de maio de 2021 Rio Grande TEM

Precisamos descontruir que nossos filhos não são capazes.

Mãe, filha, esposa, empreendedora e influenciadora. Luciana Franco Gonçalves, de 33 anos, há pouco mais de dois anos, descobriu um novo mundo, conhecido como maternidade atípica, mas que ela ainda sonha, um dia, ser chamado apenas de maternidade. A Luciana é mãe do Lucas de 13 anos e da Laura de 2 anos e 6 meses e ilustra a campanha do Dia das Mães do Praça Rio Grande Shopping.

A Laura tem síndrome de Down, e assim que ela nasceu, a Luciana quis mais informações sobre o assunto. Foi a partir daí que criou o @laurinha.minidiva no Instagram, na intenção de ter mais esclarecimento, dividir experiências também com outras mães, pais, familiares e toda a comunidade para que dotados de conhecimento, superassem o preconceito.

Mãe é mãe

Muito mais que defender uma causa, o que a Luciana quer é mostrar que mãe é mãe, toda mãe tem uma rotina, e se ela, entre outras atividades recorre a terapias, outras mães também possuem tarefas que lhe ocupam.

“Eu preciso ocupar esse nome (maternidade atípica) no espaço social por conta da deficiência da minha filha, mas eu sonho um dia em ser apenas mãe da Laura e do Lucas, mesmo que sejam maternidades diferentes, porque cada criança e filhos são únicos. Luto por essa mudança de cultura, falamos maternidade atípica porque precisamos ocupar esse espaço social para sermos vistas. A minha demanda é muito maior, terapias, médicos, investigação e rotina de exames. Mas as mães típicas têm outros afazeres. Às vezes, estou levando a Laura na fisioterapia, e outra mãe está levando em futebol ou balé. Que a gente possa conquistar esse espaço e ser apenas mãe. Sem esses rótulos. Mas como infelizmente a sociedade ainda tem a cultura do preconceito enraizada, a gente precisa ser chamada assim, de mãe atípica”, relata.

Informação para inclusão

Luciana entende a importância da informação para levar esclarecimento sobre a síndrome de Down. Através do perfil, ela mostra a rotina do dia a dia junto com a Laura, na terapia, em casa, nas refeições etc.

“Quando as pessoas me falam: “ela é normal que nem os outros”, eu fico intrigada, porque gostaria que me explicassem o que é ser normal. Lutamos por isso, por inclusão, conseguimos quebrar qualquer tabu quando as pessoas entendem sobre o assunto. Quanto mais informação tivermos, menos preconceituosos vamos ser, podemos construir um mundo melhor e automaticamente vou deixar de ser mãe atípica para ser apenas mãe. Temos que ser multiplicadores das informações, precisamos descontruir que nossos filhos não são capazes.”

Um ajuda o outro

Após a criação do perfil na rede social, Luciana notou que muitas mães estavam na mesma situação que ela, em busca de terapias, estímulos, profissionais e métodos. Para ela ter um perfil permite a troca de experiências e para aquelas famílias que estavam recebendo o diagnóstico, serve como instrumento de luz e informação.

“Tem um processo em cada família, para aceitação dessa deficiência. Cada mãe tem o seu tempo. Tem mães que levam mais tempo para aceitar, outras não, e está tudo bem”, aconselha.

Luciana explica como a aceitação pode ajudar: “Quisemos mostrar que depois que a gente aceita, as coisas ficam mais leves e acontecem. É só acreditar no nosso filho e as coisas vão acontecendo. Pudemos mostrar que quando tu tens um filho diferente, tá tudo bem, porque tu vai aceitar, correr atrás e as coisas vão acontecer”.

Sugestões de presentes

A mãe da Laura e do Lucas fala sobre a representatividade de crianças com deficiências em campanhas. A satisfação em dividir a sua história, levando sugestões de presentes para o dia das mães.

“Não se vê muitas crianças com deficiências participando de campanhas na mídia, em datas comemorativas, como o dia dos pais, dia das mães. E agora, felizmente, isso está mudando.” Revela também que está muito feliz com a oportunidade de mostrar quem ela é como mãe, mulher e realizar essa troca de experiências.

“Considero o Praça Rio Grande Shopping bem completo, com opções para todos os gostos e valores. Sempre falo que o Praça é o Shopping do povo, porque pode ir no Supermercado Guanabara, na Farmácia Panvel, a galera automaticamente vai fazer as compras básicas essenciais, e já dá uma volta, pode ir no espaço do jardim para as fotos. Temos que ir em um lugar onde nos sentimos acolhidos e lá é assim”.

A Luciana oferece dicas de presentes para as mães no Praça Rio Grande Shopping que podem ser conferidas nos stories do Instagram ou Facebook do Praça Rio Grande Shopping.

Além disso, o Catálogo Digital do shopping pode te ajudar a encontrar o presente ideal, é só clicar aqui.

Amor de mãe sempre floresce?

“Sempre floresce e nem precisa chegar na primavera. Cura qualquer coisa, é o nosso remédio, aquele carinho de mãe, aquele amor. A gente gera uma vida, é uma coisa maravilhosa, poder gerar, parir, educar, quando tem amor, tudo a gente vence”, finaliza.