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Metalúrgicos querem prioridade no aproveitamento da mão de obra disponível na região

O retorno das atividades do Estaleiro Rio Grande, que neste ano atenderá a encomenda de quatro navios da classe Handy para a Transpetro, está causando grande expectativa na cidade. A construção, com previsão de três anos, irá gerar mil empregos diretos no início, chegando a 1.500 no pico das obras. Ao mesmo tempo, há perspectiva de novas encomendas para a Ecovix que, consequentemente, proporcionarão ainda mais empregos.

A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande (STIMMMERG) entende que, na execução desse projeto para a Transpetro, a Ecovix precisa priorizar a contratação da mão de obra que encontra-se disponível na cidade e região. O presidente Benito Gonçalves observa que “esse contingente de trabalhadores já é qualificado e tem experiência na indústria naval. Eles só tem a somar”.

Por sua vez, o diretor Sadi Machado lembra que “o EBR, em São José do Norte, após ficar sem contrato com os términos das encomendas que havia, dispensou mais de quatro mil trabalhadores. Portanto, primeiro precisa chamar os que estão aí, desempregados”.

Cursos do Prominp

Por ocasião da presença do presidente Lula para a assinatura do contrato com a Ecovix, em fevereiro, o presidente Benito Gonçalves manteve contatos com o vice-presidente Geraldo Alckmin; o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci e o deputado federal Alexandre Lindenmeyer (PT), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Naval. Ele solicitou a volta dos cursos profissionalizantes do Prominp, que foram realizados em 2004, no início do Polo Naval, e ministrados pelo Senai.

O STIMMMERG considera importante a realização desses cursos, “haja visto que parte dos trabalhadores formados aqui ganharam o mundo. Tem gente trabalhando na Austrália, Canadá, Rio de Janeiro devido à essa qualificação”. Conforme Gonçalves, “o sindicato quer o aproveitamento imediato da mão de obra disponível que existe em Rio Grande e São José do Norte, mais a qualificação e requalificação de novos metalúrgicos com apoio do Governo Federal, através do Sistema S”.

A liderança metalúrgica lembra que o presidente Lula chegou a falar em até três mil trabalhadores na Ecovix, caso ela conquiste novos contratos. “Por isso, a necessidade de haver mais rio-grandinos preparados para suprirem essa demanda quando ela ocorrer”.

Ascom STIMMMERG

Foto: Divulgação

 

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