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Mulheres: Antes mesmo da compreensão já há o julgamento

Nasci mulher e me identifico como tal, no entanto, em muitas circunstâncias, não sou respeitada, não ganho o mesmo salário, mesmo com o mesmo grau de instrução ou, às vezes, maior e costumo ser julgada por várias razões, por minhas opiniões, meu jeito de ser, minha visão de mundo ou simplesmente por minha vestimenta. E, infelizmente, essa sina nos segue desde que nascemos, aliás, mesmo antes de compreendermos tudo isso. E, sendo assim, o modo que nos classificam, geralmente, é baseado em nossas falas e/ou comportamento, pois se digo que algo me incomoda demais, sou louca, se cismo com algo, sou neurótica, se adquiro alguma mania, sou histérica e assim por diante. Não faltam adjetivos para aquelas que, normalmente, são consideradas frágeis, inferiores ou menos inteligentes. Os rótulos são diversos. Nunca somos suficientes o bastante e/ou, pelo menos, nunca seremos, segundo a visão de muitos. Sofremos violência, seja física, psicológicas ou ambas, e, em muitas situações, os casos chegam às últimas consequências e, muitas de nós, são vítimas de feminicídios por enes motivos, mas talvez o principal seja por não aceitarem o óbvio, isto é, que não são meros objetos e por isso as suas vidas não podem ser dominadas por outros que não sejam elas mesmas.

Ana Paula Emmendorfer (Professora de Filosofia e Lógica – Doutora em Filosofia/Unisinos-RS)

Foto: Pixabay

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