Na 13ª rodada do Distanciamento Controlado, seis regiões permanecem em bandeira vermelha
Gabinete de Crise aceitou seis pedidos de reconsideração em relação ao mapa preliminar, divulgado na sexta, dia 31
A 13ª rodada do modelo de Distanciamento Controlado traz, no mapa definitivo, seis regiões em bandeira vermelha. A divulgação foi feita pelo governador Eduardo Leite em transmissão pelas redes sociais nesta segunda-feira (3/8). As bandeiras ficam vigentes a partir da 0h desta terça (4/8) até as 23h59 da próxima segunda-feira (10/8).
Divulgado na sexta-feira (31/7), o mapa preliminar da 13ª rodada classificou 12 regiões como de alto risco epidemiológico. Depois de análise dos 34 pedidos de reconsideração enviados por municípios e associações, o Gabinete de Crise acatou o recurso de seis regiões, resultando em seis regiões com bandeira laranja (risco médio).
O mapa definitivo com a classificação de todas as regiões e os respectivos protocolos recomendados podem ser acessados em https://distanciamentocontrolado.rs.gov.br.
“Entramos agosto com expectativa de estabilização e de indicadores mais tranquilos. O Rio Grande do Sul parou menos, por menos tempo, teve menores perdas econômicas do que a maior parte dos outros Estados, e também perdeu menos vidas, se comparado aos outros Estados. Estamos discutindo, caso essa estabilização se confirme, alterações em protocolos de bandeira vermelha para permitir o funcionamento de atividades comerciais que, hoje, estão restritas”, explicou o governador.
O governo do Estado aceitou a reconsideração de Bagé, cujo pedido foi encaminhado pelo município para toda a região, e das associações regionais de Santo Ângelo, Santa Rosa, Palmeira das Missões, Pelotas e Caxias do Sul.
O Gabinete de Crise indeferiu os recursos apresentados pelas regiões de Passo Fundo, Novo Hamburgo e Lajeado, que permanecem em bandeira vermelha, por terem apresentado alto nível de ocupação dos leitos e de propagação do vírus.
Os três se somam a Taquara, Canoas e Porto Alegre, que já estavam em vermelho, e seus representantes não apresentaram pedido de reconsideração.
“É importante insistir que buscamos conciliar a preservação das vidas com o melhor desempenho da atividade econômica, e temos conseguido isso. Temos a menor taxa de letalidade, de incidência de casos, e o melhor desempenho na arrecadação do primeiro semestre, se comparado aos demais Estados das regiões Sul e Sudeste”, ressaltou o governador.
Leite também lembrou que o governo do Estado e a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) estão em processo de discussão de um processo de cogestão do modelo de Distanciamento Controlado, que confira maior autonomia aos municípios. Uma reunião entre o Estado e a Famurs está marcada para esta terça-feira (4/8).
Regra 0-0
Depois da análise de recursos, o Estado ficou com 165 municípios sob bandeira vermelha, o que corresponde a 49,6% da população gaúcha (5.620.644 habitantes). Desse total, 65 municípios não tiveram registro de hospitalização e óbito por Covid-19 de morador nos 14 dias anteriores ao levantamento – equivalente a 2,7% da população gaúcha (302.153 habitantes).
As prefeituras dessas cidades se adequam à chamada Regra 0-0 e podem, portanto, adotar protocolos previstos na bandeira laranja por meio de regulamento próprio. Basta que mantenham atualizados os registros nos sistemas oficiais e adotem, por meio de decreto, regulamento próprio, com protocolos para as atividades previstas na bandeira laranja.
RECURSOS DEFERIDOS
REGIÕES (6)
• Santo Ângelo: percebe-se um patamar baixo de casos ativos em relação a casos recuperados e também um patamar ainda baixo de óbitos na região, sem grande evolução, e hospitalizações também em nível bastante baixo, se comparado a outros locais. A disponibilidade de leitos de 2,6 leitos livre para cada leito ocupado por pacientes com Covid-19 também foi um dos fatores para que Santo Ângelo permanecesse na bandeira laranja.
• Santa Rosa: redução no número de óbitos e melhoria de indicadores semelhantes ao que ocorreu na região de Santo Ângelo.
• Palmeira das Missões: embora se perceba um crescimento no número de hospitalizações, ao observar-se com relação ao número total de habitantes, ainda está abaixo de 10 internações hospitalares para cada 100 mil habitantes. Percebe-se, também, redução das internações na microrregião em leitos de UTIs, uma relativa estabilidade entre casos ativos e recuperados, e índice de óbitos também estabilizado.
• Pelotas: a região observou redução do número de hospitalizações, relativa estabilidade entre casos ativos e recuperados. Apesar do aumento expressivo de óbitos na região, a disponibilidade de leitos ainda é bastante expressiva – há 2,2 leitos disponíveis para cada leito de UTI ocupado.
• Bagé (pedido municipal para a região): a região ainda está em uma taxa de hospitalizações em 5,95 para cada 100 mil habitantes, apresentou redução na relação entre casos ativos e recuperados, e disponibiliza mais de dois leitos disponíveis para cada leito ocupado na macrorregião de Bagé.
• Caxias do Sul: a região apresentou melhoria expressiva e alcançou estabilização, embora seja em um patamar elevado. O número de hospitalizações não aumentou e houve pequena redução de hospitalizações em UTI, o número de óbitos também não apresentou crescimento expressivo, abaixo de 10, e a relação entre casos ativos e recuperados diminuiu.
MUNICÍPIOS (3)
• Tapera (região de Passo Fundo – paciente reside em Porto Alegre)
• Cristal (região de Pelotas – registro de hospitalização e contaminação nosocomial)
• Ivoti (região de Novo Hamburgo – registro de hospitalização)
RECURSOS INDEFERIDOS
Regiões (3)
• Passo Fundo
• Novo Hamburgo
• Lajeado
NÃO ENVIARAM RECURSO
• Taquara
• Canoas
• Porto Alegre
• Clique aqui e veja os municípios que se enquadram na Regra 0-0.
SECOM RS
Foto: SPGG