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Não podemos cultivar pré-conceitos

Analogamente, somos sementinhas e uma vez plantadas podemos florescer e a partir daí nossos potenciais são aflorados. Grosso modo, podemos nos tornar e/ou sermos pessoas tristes, ranzinzas, alegres, deprimidas, amigas, interesseiras, boas, ruins, etc. Tudo dependerá da nossa personalidade, da forma como fomos/somos criados (as), da interação que tivermos com as outras pessoas, das nossas experiências bem como com quem convivemos e em que lugares. Isso quer dizer que nada é puramente determinado pela genética, pela classe social ou pelas experiências cotidianas. É o conjunto desses fatores juntamente com o nosso jeito de ser que irá definir quem realmente somos e/ou quem pretendemos ser. Em vista disso, se não avaliarmos o todo e, ainda, se continuarmos a cultivar pré-conceitos, sobretudo aqueles referentes às pessoas mais pobres e/ou que vivem em ambientes menos favoráveis, jamais compreenderemos por qual razã0 algumas pessoas agem mal mesmo quando, aparentemente, não parece ter motivos para isso ou vice-versa. Talvez a palavra-chave a ser compreendida é “aparentemente” e/ou “aparência”, pois ninguém é capaz de saber o que acontece no coração e/ou na mente da outra pessoa a não ser que conheça essa pessoa de verdade e isso inclui saber tudo que ela já passou e/ou passa na vida, TUDO!

Ana Paula Emmendorfer (Professora de Filosofia e Lógica – Doutora em Filosofia/Unisinos-RS)

Foto: Pixabay

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