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Ospa celebra os 200 anos de Édouard Lalo e apresenta obras aclamadas do romantismo no concerto de 15 de abril

Com renome internacional, o maestro François Benda e o violoncelista Rodrigo Andrade são os convidados da apresentação

Os 200 anos de nascimento do compositor francês Édouard Lalo serão celebrados pela Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), fundação vinculada à Secretaria da Cultura (Sedac). A orquestra será regida pelo maestro e clarinetista brasileiro François Benda e terá como solista o violoncelista Rodrigo Andrade.

O espetáculo Lalo 200, que também trará obras do alemão Carl Maria von Weber e do checo Antonín Dvořák, acontece no próximo sábado (15/3) na Sala Sinfônica da Casa da Ospa, às 17h, e será transmitido pelo canal da orquestra no YouTube. Os ingressos custam de R$ 10 a R$ 50 e estão à venda no Sympla. Antes do início do espetáculo, às 16h, na Sala de Recitais, Max Uriarte oferece uma palestra pelo projeto Notas de Concerto, na qual irá comentar o repertório da apresentação.

Nascido em 27 de janeiro de 1823, o artista francês Édouard Lalo (1823–1892) iniciou seus estudos na música como violinista e começou a compor no fim da década de 1840. Seu estilo, baseado no romantismo alemão e influenciado por temas folclóricos espanhóis, destaca-se pela transparência na orquestração e pela força de seus temas melódicos.

Um exemplo é o Concerto para Violoncelo em Ré Menor. Escrito em 1876, estreou no ano seguinte, em Paris, e foi um grande sucesso de público e crítica. Para executá-la, a Ospa recebe o solista Rodrigo Andrade. O músico foi violoncelista da sinfônica na década de 2000, atuou como solista das mais importantes orquestras do Brasil e atualmente é violoncelista da Osesp.

O programa da apresentação destacará fases distintas do romantismo europeu. A abertura da ópera Der Freischütz, de Carl Maria von Weber (1786–1826), considerado um dos primeiros grandes compositores românticos, dá início à apresentação. “Der Freischütz é considerada a primeira ópera de estilo alemão. Esta abertura, logo na primeira vez em que foi executada, foi repetida várias vezes devido ao grande sucesso. É uma das mais famosas aberturas da história da música”, comenta o maestro convidado François Benda, que regeu a Ospa pela última vez em 2014 e retorna a Porto Alegre, após nove anos, para comandar o espetáculo.

Sinfonia nº 9 em Mi Menor, de Antonín Dvořák (184–1904), encerra o concerto. François destaca as referências inovadoras do compositor nessa obra, como temas folclóricos da República Checa, ritmos negros e indianos que foram absorvidos por ele nos três anos como diretor do Conservatório Nacional de Música da América, em Nova Iorque. O regente complementa: “Essa sinfonia é considerada o ápice do romantismo, e Dvořák, naturalmente, é um compositor com melodias e harmonias fenomenais”.

François Benda (Brasil)

François Benda realizou seus estudos musicais em Graz, Viena e Genebra. Apresenta-se regularmente como solista e regente nas mais conhecidas salas de concerto do mundo, como na Filarmônica de Berlim, na Musikverein de Viena, na Concertgebouw de Amsterdã, na Wigmore Hall de Londres, na Tonhalle de Zurique, na Filarmônica de Colônia e na Sala Herkules de Munique, entre outras. Ele também se apresenta com orquestras como a Sinfônica da Rádio da Bavária, a Orquestra da WDR de Colônia, a Sinfonie de Basel, a Kammerphilharmonie de Viena, a Orquestra de Câmara de Lausanne e a Kammerakademie Potsdam. Muito requisitado como musicista de câmara, Benda atua em importantes festivais internacionais, como Berliner Festwochen, Musicals Lyon, Styriarte Graz, Accademia Filarmonica Romana, Ittinger Pfingstkonzerte, Encuentro Santander, em companhia de músicos renomados, como Isabelle Faust, Heinz Holliger, Paul Badura-Skoda, Bruno Giuranna, Josef Silverstein e Bruno Canino. Sua extensa discografia inclui a obra completa para clarinete de Johannes Brahms e as obras para clarinete e orquestra de Nielsen, Debussy, Busoni e Rossini, além do Quatuor pour la fin du Temps, de Olivier Messiaen.

Rodrigo Andrade (Brasil)

Rodrigo Andrade iniciou seus estudos musicais aos seis anos com Jean-Jacques Pagnot, no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Estudou com Steven Thomas na Hartt School e formou-se pela Juilliard School em Nova Iorque, onde foi aluno e assistente de Ardyth Alton. Tem atuado como solista das mais importantes orquestras do país. Como camerista, colaborou com artistas como Bernard Greenhouse, Hai-Ye Ni, Sydney Harth e Jean-Louis Steuerman. Foi membro e violoncelo principal da Juilliard Symphony e Juilliard Orchestra, assim como violoncelo assistente da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Quarteto Cordis, Quintensemble, Quarteto Romanov e Quarteto da Cidade de São Paulo. Em 2007, lançou o álbum solo Convergências, pelo qual foi agraciado com três prêmios Açorianos. Atualmente, é violoncelo assistente da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. É membro do Quarteto Osesp, professor do Instituto Baccarelli e da Academia da Osesp.

Concerto da Série Casa da Ospa – Lalo 200

  • Quando: Sábado, 15 de abril de 2023
  • Horário: Palestra Notas de Concerto às 16h, com Max Uriarte, e início do concerto às 17h.
  • Onde: Casa da Ospa (Centro Administrativo Fernando Ferrari – Av. Borges de Medeiros, 1.501, Porto Alegre, RS). Este concerto disponibiliza medidas de acessibilidade.
  • Ingressos: De R$ 10 a R$ 50. Descontos: ingresso solidário (com doação de 1kg de alimento) para clientes Banrisul, Amigo Ospa, associado do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, sócio do Clube do Assinante RBS, idoso, doador de sangue, pessoa com deficiência e acompanhante, estudante, jovem até 15 anos e ID Jovem.
  • Bilheteria: Via Sympla ou na Casa da Ospa no dia do concerto, das 12h às 17h.
  • Estacionamento: Gratuito, no local.
  • Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 6 anos.
  • Transmissão ao vivo: Canal da Ospa no YouTube.

Programa

  • Carl Maria von Weber

Abertura “Der Freischütz” I. Adagio – Allegro

  • Édouard Lalo

Concerto para Violoncelo em Ré Menor

I. Prélude: Lento – Allegro maestoso
II. Intermezzo: Andantino con moto – Allegro presto
III. Andante – Allegro vivace

  • Antonín Dvořák

Sinfonia nº 9 em Mi Menor, Op. 95, “Novo Mundo”

I. Adagio – Allegro molto
II. Largo
III. Molto vivace
IV. Allegro con fuoco

Ascom Ospa

Foto: Augusto Maurer/Divulgação

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