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Palestra expõe necessidade de conscientização e prevenção contra a Sífilis em Rio Grande

O avanço da Sífilis no município do Rio Grande e em todo o país foi tema de uma palestra promovida pela Secretaria da Saúde (SMS), na tarde de quarta-feira (30), no Salão Nobre da Prefeitura. Direcionada a profissionais que atuam nos postos da rede municipal, a palestra sobre essa doença sexualmente transmissível alertou sobre o aumento de casos nas últimas décadas, sendo a maior incidência neste ano, e apontou a necessidade de maior prevenção e conscientização por parte da população.

A médica ginecologista, Lisie Araújo Martinato foi a palestrante da atividade, onde apresentou um panorama atual sobre a transmissão vertical da Sífilis e afirmou que os números são bastante altos. Rio Grande do Sul tem as maiores taxas de Sífilis no Brasil. “São números que estão estourando e são preocupantes porque crescem vertiginosamente. É uma doença que tem um tratamento tão simples de fazer e barato (medicamentos são fornecidos pelo SUS) e que está deixando nossos bebês contaminados por falha no acompanhamento”, acentuou.

De acordo com ela, é preciso investir forte em exames pré-natal e incentivar, cada vez mais, as pessoas sobre a importância da testagem, do acompanhamento e as alternativas de tratamento. A médica acredita que muitas gestantes, por algum motivo, não estão comprometidas com o tratamento da doença.

Uma das causas para o aumento de casos da doença, nos últimos dois a três anos, pode ser a maior testagem, suspeita a médica. “A curva de crescimento tem sido, assustadoramente, maior. Pode ser pelo viés de ter sido mais diagnosticada. Fizemos mais testes, acompanhamos mais grávidas”, portanto, mais resultados, explica.

Outro argumento usado pela ginecologista para que se reduza o número de casos é o investimento mais forte em exames e acompanhamento pré-natal e em educação perinatal, que é um processo de preparação para a gravidez, parto e pós-parto, que tem como objetivo capacitar os pais a tomarem decisões informadas sobre a saúde de si mesmos e dos seus filhos. A médica ginecologista acredita que muitas gestantes têm dificuldades de continuar com o tratamento regular contra a doença, muitas vezes, por algum problema social, como por exemplo, não ter com quem deixar os filhos.

Por outro lado, avalia que o serviço de atenção básica oferecido pela rede municipal está bastante organizado e consegue fazer busca ativa das grávidas. Porém, “muitas não querem fazer esse tipo de tratamento”. A testagem é outro mecanismo oferecido pela rede do SUS “importante durante o pré-natal”, mas é necessária a conscientização das gestantes, argumenta a ginecologista.

Assessoria de Comunicação Social Prefeitura Municipal do Rio Grande

Foto: Divulgação

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