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PancPop consolida grupo de estudo sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais e campesinato na FURG-SLS

Atividade, aberta a toda a comunidade acadêmica, envolve debates, reflexões e problematizações sobre as panc

O ano de 2025 iniciou com a consolidação de um grupo de estudo sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc) e campesinato, vinculado ao projeto de extensão PancPop, do Campus São Lourenço do Sul da Universidade Federal do Rio Grande (FURG-SLS).

Os encontros estão agendados para ocorrer nas segundas-feiras, a cada duas semanas, no prédio 1 da Universidade, localizado na Avenida Marechal Floriano Peixoto, 2236, com a participação de alunos, docentes e técnicos.

Dependendo do semestre letivo seguinte e da disponibilidade dos participantes, os encontros poderão ser remanejadas para outro dia da semana.

A atividade, aberta a toda a comunidade acadêmica, tem como objetivo promover debates, reflexões e problematizações sobre as panc. Entre os temas abordados estão a produção agroecológica, os sistemas alimentares, as estruturas da indústria alimentícia mundial e suas implicações prejudiciais, além de explorar alternativas para a construção de um modelo alimentar mais sustentável.

O docente dos cursos de Agroecologia e Gestão Ambiental, Carlos Alberto Seifert Jr. (Jajá), destaca que o grupo de estudo surge de uma perspectiva extensionista, voltada para as demandas práticas, e da necessidade de refletir, incorporando bases teóricas e conceituais aos diversos debates que vêm sendo conduzidos desde 2017 no projeto de extensão.

“Sempre tivemos um viés muito prático e entendemos que a Universidade perpassa os aspectos de ensino, pesquisa e extensão. Enxergamos o PancPop como um catalisador para essas outras dimensões que sustentam o fazer da Universidade. A partir do PancPop, deliberamos ações de pesquisa e também se criam processos de aprendizado. Existem vários trabalhos de conclusão de curso, trabalhos de mestrado e de doutorado em andamento, que são derivados dessas ações do PancPop”, afirmou Jajá.

O grupo de estudo utiliza leituras prévias para fomentar as discussões e desenvolver a metodologia, alternando a mediação entre os participantes para garantir uma abordagem participativa e crítica sobre os temas.

Apesar de sua natureza acadêmica, dentro de um conjunto de ações extensionistas do PancPop, o grupo se propõe a conectar a teoria com as práticas vivenciadas no projeto, trazendo um diferencial importante para as discussões.

“Isso traz todo um diferencial para essa proposta do grupo de estudo. Não conseguimos dissociar o contexto prático e cotidiano do que estamos trabalhando e observando”, ressaltou Jajá.

No primeiro encontro, realizado na última segunda-feira (6), a discussão girou em torno das bases teóricas e conceituais das panc. Os participantes refletiram sobre a definição dessas plantas, destacando que ainda há estudantes e colegas que não compreendem completamente o conceito de panc.

Jajá ressaltou que, no início dos trabalhos, foi feito um nivelamento conceitual sobre as panc, abordando seu contexto social e político, e destacando que essas plantas se apresentam como um conceito contra-hegemônico, desafiando as definições do que constitui alimento no sistema agroalimentar convencional.

“Assim, colocamos que as Panc são o não convencional porque justamente quem convencionaliza aquilo que é alimento para o cotidiano da maioria da população é um mercado, é um sistema agroalimentar hegemônico. Então, trazemos essa base conceitual das panc nessa direção, como um conceito contra-hegemônico”, disse.

As atividades do grupo são abertas a toda a comunidade acadêmica. Interessados em participar podem obter mais informações entrando em contato com o projeto através do Instagram ou e-mail pancpop@gmail.com.

“É um espaço que pode receber todos e todas, e não vemos problema nenhum em integrar membros da comunidade que tiverem interesse em participar desse debate”, concluiu.

Secom FURG

Foto: FURG

 

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