Paulo Gustavo, exemplo de amor

Qual o valor do sorriso? Qual a importância da arte em nossas vidas? Como bem disse certa vez o querido Paulo Gustavo que partiu vitimado pela COVID “Sorrir é um ato de resistência”. E sinceramente, não tem como não concordar com essa afirmação assim como não tem como não ficar consternado (a) com a partida de alguém que nos fez gargalhar com toda a sua graça cotidiana, por vezes, absurda, sim, porque viver em determinadas situações e/ou ter alguns comportamentos é louco demais. Paulo Gustavo trouxe à tona e nos fez rir daquilo que não costumamos falar, por vergonha talvez, como o medo de avião e/ou de fantasmas. Ele nos mostrou que nenhuma família é perfeita, mas mesmo assim quando há amor tudo se resolve, já que o AMOR move o mundo e quem discorda disso ou não sabe o que é amar ou vive em outro mundo. Não tem como não chorar a morte de alguém tão extraordinário e simples, ao mesmo tempo, um verdadeiro paradoxo, um fenômeno, um artista que amava o seu ofício, o seu público, os seus amigos, a sua família e a vida. Não tem como não se solidarizar com ele e as mais de 412 mil vítimas vitimadas por uma doença que poderia, sim, ter sido atenuada se não fosse o descaso, mau caratismo e a perversidade das autoridades competentes que, sinceramente, não serviriam nem mesmo para tomar conta de um prédio abandonado que dirá de um país inteiro. Não tem como não ficar completamente triste diante desse cenário, uma vez que, a maioria de nós, consegue ter empatia e assim ter ideia do quanto doeria profundamente em nossas almas uma perda prematura de alguém próximo e/ou da nossa família.

Ana Paula Emmendorfer (Professora de Filosofia e Lógica – Doutora em Filosofia/Unisinos-RS)

Foto: Divulgação

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