Pesquisa quer ouvir famílias de mães e pais adolescentes com filhos menores de 5 anos em Rio Grande
Um grupo de pesquisadores do projeto Chance to Grow (Chance de Crescer), desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) em parceria com outras instituições e órgãos públicos, entre eles a Prefeitura Municipal, está voltando a vários bairros do município do Rio Grande em busca das pessoas que ainda não foram entrevistadas para a pesquisa. Iniciada em agosto do ano passado, este trabalho tem como público-alvo mães e pais menores de 20 anos (adolescentes conforme a Organização Mundial da Saúde), com filhos menores de 5 anos e vinculados às UBSFs de toda a cidade.
Essa pesquisa aborda a “saúde mental de mães adolescentes e seu impacto no desenvolvimento infantil” e busca mapear a saúde de genitores jovens, analisando questões socioeconômicas, saúde mental, injustiças sociais e o desenvolvimento da criança. O objetivo do trabalho é identificar padrões e descrever como os aspectos relacionados ao estilo de vida impactam nos cuidados na infância.
O retorno ao trabalho de campo do grupo de pesquisadores se deve, principalmente, em função das enchentes que afetaram o município nos últimos meses do ano passado e que interromperam a busca por moradores alvos deste levantamento. Outro fator que tem contribuído para que o número de entrevistas não evolua é a mudança de endereço ou de telefone de várias pessoas e o fato de muitas delas não fazerem essa atualização junto às unidades de Saúde da rede municipal.
Por isso, de agosto do ano passado até agora, foram coletadas apenas 45% das entrevistas calculadas. Inicialmente, a pesquisa seria concluída no final de 2023. Agora, o levantamento de dados deve encerrar em fevereiro. A segunda fase da pesquisa é qualitativa, em que serão entrevistadas as mães e os pais que já participaram da primeira etapa. Nesta segunda fase, prevista para março, profissionais de Saúde também serão entrevistados. Em seguida, é feita a análise dos dados e depois a divulgação dos resultados.
Todos os bairros que possuem UBSF já foram visitados pelo menos uma vez: Aeroporto, Barra, Bernadethe, BGV I, BGV II, CAIC, Cassino, Castelo Branco, Cidade de Águeda, Horácio Brum, Marluz, Materno Infantil (Cidade Nova), PPV, Profilurb, Querência, Rita Lobato (Centro), Santa Tereza, Santa Rosa, São João, São Miguel I, São Miguel II, Senandes. Todas estas localidades estão sendo revisitadas em busca das famílias objeto da pesquisa.
Esta semana, os pesquisadores estão nos bairros onde há UBSF na zona rural do município: Povo Novo, Quinta, Quintinha, Taim, Domingos Petroline e nas ilhas do Marinheiro e da Torotama.
Pesquisa
De acordo com os proponentes deste estudo, esse é somente o início de uma proposta maior, que tem como objetivo principal a construção de um projeto de intervenção junto com profissionais de Saúde, possibilitando a criação de ferramentas de apoio para essas famílias, promovendo melhorias para as comunidades.
O mapeamento de mães e pais adolescentes com idade entre 10 a 19 anos, com filhos de até 5 anos de idade, é feito na cidade do Rio Grande por meio de questionários de múltipla escolha que devem ser respondidos por estas pessoas. Os questionários abordam a adolescência dos genitores, experiências de vida e a primeira infância. As respostas são registradas em tablets ou smartphones, por meio de um aplicativo (REDCap) e, posteriormente, são marcadas entrevistas semi-estruturadas com as famílias que aceitarem continuar contribuindo com a pesquisa.
Outros parceiros da FURG na pesquisa são a Universidade de Nevada, Las Vegas – UNLV, nos Estados Unidos, e a Prefeitura Municipal de Rio Grande, por intermédio do Núcleo de Estratégia Saúde da Família (ESF) e postos de saúde locais – UBSFs. O trabalho é coordenado pelas professoras Drª Clariana Vitória Ramos de Oliveira – UNLV e a Drª Simoní Bordignon – FURG.
Assessoria de Comunicação Social Prefeitura Municipal do Rio Grande
Foto: Divulgação
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