Pesquisadores da PUCRS apresentam estudo sobre pobreza infantil no RS ao Comitê Intersetorial pela Primeira Infância
Os resultados do estudo mostraram que o Rio Grande do Sul possui a segunda menor taxa de pobreza infantil do país
Na tarde de terça-feira (23/3), o Comitê Intersetorial pela Primeira Infância (Ceipi) recebeu, na Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), integrantes do núcleo de pesquisas do Laboratório de Desigualdades, Pobreza e Mercado de Trabalho da PUCRS – Data Social. No encontro, foi apresentado o estudo Pobreza Infantil no Rio Grande do Sul entre 2012 e 2022, que analisa dados sobre a incidência de pobreza e extrema pobreza entre crianças de zero a cinco anos e as possíveis associações financeiras, familiares e de escolaridade. Os resultados do estudo mostraram que o Rio Grande do Sul possui a segunda menor taxa de pobreza infantil do país.
Para o vice-governador Gabriel Souza, que coordena os projetos pela primeira infância por meio do Gabinete de Projetos Especiais (GPE), os resultados da pesquisa complementam os indicadores já monitorados pelo governo do Estado e contribuem para ampliar os cuidados com a faixa etária.
“O estudo da PUCRS traz uma radiografia da primeira infância no Rio Grande do Sul, somando-se a outras ferramentas, como o Dashboard da Primeira Infância, para desenvolvermos e qualificarmos as políticas públicas para as crianças, desde a gestação até os seis anos de idade”, comentou Gabriel.
O titular da Sedes, Beto Fantinel, ressaltou que a proteção da primeira infância e o estímulo a ela são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo e intelectual das crianças. “Através dos programas Mãe Gaúcha, RS Nutrir Infâncias e Primeira Infância no SUAS/Criança Feliz oferecemos um olhar especial para a infância”, acrescentou.
Em 2022, na faixa etária de zero a cinco anos, 30,2% – cerca de 244 mil indivíduos – viviam em situação de pobreza. A taxa de pobreza extrema foi estimada em 4,7% – o que representa 37,9 mil crianças nessa condição. Também foi possível constatar que as crianças negras apresentaram uma taxa de pobreza duas vezes maior em relação às crianças brancas – 50,5% contra 25,6%.
Os dados completos do estudo, realizado pelos pesquisadores André Salata, Izete Bagolin, Ely José de Matos e Tomás Fiori, estão disponíveis para consulta.
Também participaram da reunião integrantes de secretarias de Estado, de entidades do Poder Judiciário, da sociedade civil organizada e de universidades.
Políticas públicas amenizam a pobreza infantil no RS
Programas e políticas públicas sociais de transferência de renda foram relevantes para amenizar a situação de pobreza infantil no Estado. A pesquisa do Data Social fez uma simulação de como ficariam as taxas de pobreza em 2020, auge da pandemia, sem os auxílios. A porcentagem subiria de 31,6% para 38,3%.
Comitê Intersetorial pela Primeira Infância
O objetivo do Ceipi é elaborar o Plano Estadual pela Primeira Infância para os próximos dez anos. O enfrentamento à desnutrição e à mortalidade infantil, especialmente nas áreas indígenas, também estão nas pautas do grupo. O tema da atenção às crianças de zero a seis anos integra o Gabinete de Projetos Especiais, vinculado ao Gabinete do Vice-Governador (GVG).
Ascom Sedes RS
Foto: Rodrigo Ziebell/Ascom GVG RS
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