Prefeito e Governador apresentam alternativa para viabilizar Usina Termoelétrica em Rio Grande

De acordo com o diretor da Aneel, Sandoval Feitosa, o tema ainda precisa ser estudado e debatido com o Ministério de Minas e Energia

O prefeito Fábio Branco esteve, nesta quarta-feira (26), na sede da Agência na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em Brasília, em nova agenda para tentar destravar a implantação da Usina Termoelétrica em Rio Grande. Branco compôs uma comitiva liderada pelo Governador do RS, Eduardo Leite, que apresentou uma nova possibilidade para conseguir a autorização do projeto: a mudança para o contrato de reserva de energia.

“A reunião foi boa, mas não conclusiva. Apresentamos todos os argumentos da importância do projeto, como fizemos várias vezes. Agora temos uma alternativa nova, que seria a troca de modelo de contrato. É uma proposta que não tinha sido discutida ainda e que a Aneel viu com bons olhos. O diretor ficou de analisar e dar um retorno. Não deu prazo, mas vamos continuar monitorando”, afirma o prefeito.

De acordo com o diretor da Aneel, Sandoval Feitosa, o tema ainda precisa ser estudado e debatido com o Ministério de Minas e Energia. Ele ainda acrescentou que é importante detalhar a demanda de energia do país, o que poderia colaborar para tirar a proposta do papel.

Sobre o Projeto

A obra vai possibilitar a operação de um terminal de gás natural liquefeito (GNL) no Porto de Rio Grande e, com isso, ampliar a oferta de energia no sul do Estado e possibilitar a atração de investimentos industriais na região. A estimativa é que a usina possa atender cerca de um terço da demanda de energia do Estado.

O empreendimento poderá trazer ao estado um investimento estimado em R$ 6 bilhões e oportunizar a criação de cerca de 5 mil empregos diretos e 25 mil indiretos na fase da construção. Também estão inclusos um novo píer para navios e um terminal de regaseificação e a expectativa é de que todo o complexo possa gerar por volta de R$ 400 milhões em arrecadação fiscal.

Histórico

O projeto está travado desde 2017, quando a outorga do Grupo Bolognesi, primeiro interessado, foi cassada devido a dificuldades para a execução. Posteriormente, o Grupo Cobra manifestou interesse e capacidade técnica e financeira para dar continuidade a implantação da usina.

A empresa espanhola inclusive já recebeu do Governo do RS, por meio da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), as licenças ambientais para possibilitar o investimento. Para iniciar a execução, entretanto, seria necessário que a Aneel autorizasse a transferência do projeto de uma empresa para outra, o que movimentou representantes políticos e empresariais nos últimos meses.

Recentemente, no entanto, a Aneel divulgou nota técnica onde, mais uma vez, foi contrária a analisar o pedido de transferência para o Grupo Cobra. Por esse motivo, Prefeitura e Governo do RS estudam opções para manter o sonho vivo.

Assessoria de Comunicação Social Prefeitura Municipal do Rio Grande

Foto: Divulgação