Prefeito e secretário da SMEd debatem reflexos da pandemia na Educação municipal
Um debate transmitido pela rede Facebook, na noite desta sexta-feira (24), discutiu a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e os seus reflexos na Educação municipal. A transmissão de cerca de uma hora e meia teve a presença do prefeito Alexandre Lindenmeyer e do secretário de município da Educação, André Lemes. Foi reafirmado que, até o dia 30 de maio, as aulas estão suspensas e só haverá retorno às atividades quando o Comitê Técnico-Científico, que ampara as decisões da Prefeitura, der um aval positivo e seguro.
Sobre o ano letivo, o prefeito disse que há uma grande preocupação. Porém, em Rio Grande, são cerca de 60 mil pessoas ligadas às redes estadual e municipal e às universidades que estão deixando de sair de casa evitando a propagação do novo coronavírus. Preocupado com a proliferação do vírus e com a estrutura que o município dispõe, o prefeito cita que “equipamentos que o Ministério da Saúde tinha prometido, até agora, não chegaram e, portanto, temos que ter cautela pra não errar a mão”.
Já o secretário André Lemes opinou que o sistema educacional é o que mais concentra pessoas. Para ele, o sistema é baseado no afeto e na aproximação, inclusive, e principalmente, dentro das de aula. Acredita que, talvez, “sejamos um dos últimos setores a retomar às atividades e não adianta querermos retomar de imediato, se quase metade dos profissionais da Educação está dentro dos grupos de risco”.
Junto com a administração municipal, a SMEd está trabalhando na melhor forma de voltar às aulas. André argumenta que a rede municipal escolar está apenas com as atividades suspensas e que “não perdemos o ano e estamos construindo, junto com o Conselho de Educação, a melhor alternativa para retornar”. Assim que houver o retorno, “vamos reconstruir o calendário sem prejuízos para os estudantes”.
A respeito da proposta de ensino à distância, o secretário entende que “não é momento de enviar mandar conteúdo para os estudantes, porque não vai chegar a todas as crianças e, se chegasse, estaríamos criando um abismo educacional na própria rede escolar”. Ele afirma que “não o fazemos porque não estamos preparados – nem professores nem estudantes estão -, assim como o país não está e nem ferramentas tecnológicas há para implantá-lo”. André disse durante a transmissão que “não podemos fingir que estamos fazendo um ensino formal, porque não é o momento do ensino formal e só vamos retornar às atividades quando tivermos segurança”.
Merenda escolar
O secretário da Educação recordou que, no começo da pandemia em Rio Grande e com a decisão de suspensão das aulas, houve uma preocupação apresentada pelo prefeito com os estudantes da rede municipal que, em boa parte, dependem da alimentação escolar para a sua sobrevivência. De imediato, “fizemos uma mobilização com os 77 diretores de escolas do município para fazer chegar esse alimento às crianças que mais precisavam. Em uma semana e meia, cerca de 40 toneladas de alimentos provenientes da merenda escolar foram entregues a cerca de 2.200 famílias desses estudantes”, lembrou André Lemes.
Manter o isolamento
O prefeito disse que o cenário atual de pandemia coloca a humanidade em perigo por conta de um inimigo invisível, um vírus novo que é extremamente contagiante e que, por consequência, demanda uma estrutura hospitalar maior em relação a leitos de UTI. “Como essas estruturas são limitadas em todo o país, acabamos nos socorrendo na medida mais eficaz que é o isolamento social, a fim de diminuir a proliferação do vírus. Caso tenhamos um crescimento exponencial do vírus, nossas estruturas ainda são insuficientes, em todo o País”, alertou o prefeito. E finalizou: “as medidas que tomamos podem ser antipáticas, mas são para preservar vidas”.
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Assessoria de Comunicação PMRG
Foto: Pixabay