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Prefeitura coloca em operação o Projeto Oxigenar pela Vida, todos contra a Covid-19

Profissionais da Saúde da Prefeitura do Rio Grande começaram, nesta semana, a visitar domicílios do bairro Cidade Nova. Eles participam de um projeto piloto, denominado “Oxigenar pela Vida, todos contra a Covid-19”, cujo objetivo é reforçar o monitoramento precoce na comunidade e atuar em áreas em que foram detectadas ocorrências de internações ou óbitos pela Covid -19 sem que os pacientes tivessem ligação com a rede pública de Saúde de forma contínua. A proposta é mobilizar equipes da Secretaria de Município da Saúde (SMS), a fim de que percorram com o projeto as residências sistematicamente, abordando em todas elas esses pacientes para que sejam monitorados pela rede pública.

Patrícia Vieira, enfermeira Gerente de Urgência e Emergência da SMS, coordena o projeto. De acordo com ela, na análise dos dados referentes aos casos graves e óbitos, realizado por profissionais do Grupo de Trabalho de Testagem e Monitoramento, nos pacientes internados ou que vieram a óbito foi evidenciado que eles não faziam uso do sistema público de Saúde (SUS), por meio das unidades de atenção primária (UBS) ou das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) disponíveis. “Até então, eles não haviam acessado as portas de emergência que fazem parte da rede de Saúde do SUS, o que pode evidenciar o uso de sistemas complementares de Saúde, por convênios e consultas particulares, ou a total falta de acompanhamento. O projeto faz a busca desses pacientes nas residências, nas áreas em que se identificam essas vulnerabilidades e foram as que mais registraram ocorrências sem a ligação desses pacientes com o nosso sistema”, explica a coordenadora.

Como funciona

Na prática, o projeto leva os profissionais da Saúde às residências portando um questionário, a fim de levantar o estado geral do paciente e o monitoramento dos sinais de oximetria (medição da quantidade de oxigênio circulante no sangue do paciente) e da temperatura. Patrícia alerta que há evidências da manifestação de baixa oximetria no sistema sem manifestação clínica de insuficiência respiratória, dispneia ou mal estar na fase inicial.

“Essa aferição é uma forma proativa que busca a redução de intercorrências e evolução do caso para síndromes respiratórias mais graves. Desta forma, podemos fazer o levantamento dos casos em que esses pacientes ainda estão no domicílio e que o nosso monitoramento possa ser continuado com a equipe multiprofissional ou as equipes de Saúde do território, para que haja o ingresso na nossa rede de Saúde pública com o monitoramento contínuo de seu caso. Assim, pode-se priorizar os pacientes que evidenciarmos índices inadequados nessa primeira pesquisa”.

O começo das visitas

As visitas dos profissionais começaram no bairro Cidade Nova. Por enquanto, são cinco profissionais na rua na primeira equipe – um enfermeiro e quatro técnicos em Enfermagem. “Mas teremos outras equipes com profissionais que atuarão por áreas na região central e nos bairros em que os cidadãos não possuem a cultura de buscar a rede pública de Saúde de atenção primária para atendimento”, adianta Patrícia Vieira.

Na equipe, o enfermeiro acompanha a atividade dos colegas até a casa do paciente. Se nesse primeiro monitoramento há a constatação de alguma alteração clínica passível de um encaminhamento, o enfermeiro aciona as equipes de suporte para que elas possam encaminhar o paciente para uma Unidade de Saúde de referência ou para o hospital.

A meta é de 100%

Iniciado nesta semana, ainda não há dados para serem divulgados, o que deve ocorrer nos próximos dias com o cadastro dos pacientes, para que seja feita uma análise mais aprofundada. “A meta é 100% das residências, mas contamos com a perspectiva de que alguns pacientes não queiram acessar o serviço, abrir a porta para as equipes. Neste caso, temos planilhas específicas para a detecção e o encaminhamento às coordenações dos serviços de Saúde, a fim de traçarmos outras estratégias de abordagem a esses pacientes que se negam a participar desse monitoramento”.

Este trabalho entra em ação após a contratação de aproximadamente 100 profissionais de Saúde pela Prefeitura, que agregam ao contingente disponível e, gradativamente, estão se apresentando para que, desta forma, se possibilite a ampliação da cobertura das áreas. A SMS, por meio do secretário Maicon Lemos, tem o propósito de colocar  em prática, ainda, outras ações de busca ativa e monitoramento precoce no combate a Covid-19.

Assessoria de Comunicação PMRG

Foto: Divulgação

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