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Prefeitura vai viabilizar projeto de alimentação saudável para famílias de baixa renda

A implantação de um novo projeto no município sobre segurança alimentar e nutricional foi discutira durante uma reunião realizada na Prefeitura entre representantes das secretarias de Cidadania Assistência Social (SMCAS), de Desenvolvimento Primário (SMDP), do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts,EUA), da Emater/RS e da Sumá, uma empresa brasileira que aproxima agricultores familiares e organizações públicas. A ideia é criar uma rede de oferta de cestas alimentares saudáveis para famílias de baixa renda de Rio Grande.

O mote da proposta é trabalhar com dois seguimentos que são populações prioritárias na área de assistência social no município: a população de baixa renda beneficiária do Bolsa Família e agricultores familiares. Para poder iniciar o projeto o Professor Cristiano Flores, que é especialista em Logística pelo MIT, e duas engenheiras agrônomas da Sumá, realizaram uma pesquisa sobre hábitos de consumo com 300 famílias da zona oeste do município. A implantação do programa começará pelas localidades da Vila Maria, Cidade de Águeda e Vila São Miguel.

A secretária de Cidadania e Assistência Social de Rio Grande explica que o projeto “vai unir duas pontas, fazer chegar à mesa da população beneficiária do programa uma alimentação nutricional fortificada e proporcionar aos agricultores familiares estabilidade para manter a sua produção”, disse. Ela também reitera que para a administração municipal “se trata de um projeto de extrema importância, porque desde o início se tem colocado como prioridade lutar contra a insegurança alimentar, o que nós queremos é que a população tenha acesso a cesta de alimentos de hortifrutigranjeiros de ótima qualidade e a um preço acessível”, completa.

O Professor Cristiano Flores esclarece que na universidade americana parceira do projeto, o MIT, participa de uma pesquisa sobre cadeias alimentares em varejos e mercados emergentes, como o brasileiro. O intuito da pesquisa é encontrar alternativas de alimentação saudável para as pessoas que mais necessitam. Ele explica quais são as realidades dos locais pesquisados, de maneira geral. “São localidades em que predominam pequenos varejos familiares, onde as famílias que são mais carentes costumam comprar nesses pequenos comércios, e a variedade de alimentos frescos, como frutas e verduras é bem pequena, o que cria um ciclo vicioso de compra de poucos alimentos saudáveis e que afeta drasticamente a segurança alimentar dessa população”, assinala.

A partir da pesquisa desenvolvida pelo Farol Lab, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, ele aponta uma alternativa para resolver esse problema. “Uma maneira é o encurtamento da cadeia de distribuição. O tradicional é que o agricultor familiar entregue o produto para um distribuidor, que por sua vez leva pra um centro de distribuição, que entrega pra um mercado maior, que depois repassa para os mercados menores de varejo nas comunidades. O projeto vai encurtar essa cadeia, aproximando agricultores familiares e famílias consumidoras, e dessa forma nós conseguimos aumentar a qualidade do produto e diminuir a margem de custo do alimento para estas famílias”, argumenta.

O município será o primeiro a implantar o projeto no Brasil. Na experiência que será colocada em prática em Rio Grande, a ideia é compor uma rotina de disponibilização de cestas alimentares, em que famílias de baixa renda farão a compra regular de alimentos diretamente da agricultura familiar, contribuindo para a oferta e desenvolvimentos saudáveis dessas pessoas.

O prefeito Alexandre argumenta que a implantação vai ao encontro das ações de políticas públicas municipais de garantia de acesso à alimentação, direito fundamental de todos. “Através dessa parceria nós estamos consolidando a participação em rede de um conjunto de famílias da nossa comunidade, oportunizando o acesso de cestas alimentares, a custos baixos, com produtos de excelente qualidade vindos do campo na nossa cidade para minimizar os impactos gerados pelo desemprego e pela fome. A ideia é iniciar com esse grupo reduzido, que será ampliado gradativamente”, concluiu Lindenmeyer.

Assessoria de Comunicação PMRG

Foto: Divulgação/PMRG

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