Professores da FURG e IFRS campus Rio Grande rejeitam proposta do Governo Federal
Na manhã desta sexta-feira, dia 24 de maio, os professores da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) – campus Rio Grande, rejeitaram, por unanimidade, durante a assembleia permanente da categoria docente, a proposta do Governo Federal. Além disso, na assembleia os docentes também aprovaram a contraproposta da APROFURG – Seção Sindical do ANDES-SN que será encaminhada para o Comando Nacional de Greve (CNG), em Brasília. A proposição do Comando Local de Greve (CLG) vai se juntar a outras contrapropostas de seções sindicais do ANDES-SN que também estão em greve.
Essa é uma sinalização firme da categoria, demonstrando ao Governo Federal, na próxima segunda-feira, dia 27 de maio, que tanto o ANDES-SN, quanto a APROFURG permanecem em greve.
Entre as reivindicações durante a greve está a recomposição orçamentária dos Institutos Federais e das Universidades, uma vez que os docentes buscam um orçamento que seja suficiente para atender às demandas educacionais. Além disso, na avaliação da proposta do governo, os docentes consideram inaceitável 0% de reajuste para o ano de 2024 para professores na ativa e aposentados.
A contraproposta da APROFURG aprovada na assembleia reivindica, entre outras pautas, 10% do PIB para a educação e a garantia de orçamento para o pleno desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão. De forma imediata, solicita a recomposição do orçamento, pelo menos nos patamares de 2014. Até o momento, o governo não apresentou nenhuma proposta com relação a pauta dos docentes. E apenas devolveu o corte orçamentário de 347 milhões que, indubitavelmente, ocorreu em função da greve da educação federal.
A APROFURG requer que a aposentadoria seja também discutida na mesa específica sobre carreira. Que os aposentados sejam reenquadrados na carreira nos mesmos patamares e tendo a equiparação dos benefícios.
Além disso, a contraproposta da APROFURG reivindica reajuste salarial da seguinte forma: para o ano de 2024 – 3,69%, para 2025 – 9% e em 2026 – 8,53%. Rejeitando o que foi apresentado pelo governo federal, que prevê para 2024 – 0%, para 2025 – 9% e para 2026 – 3,5%.
A APROFURG, a exemplo de outras seções sindicais que estão em greve e que também rejeitaram a proposta, mostra, através da força da greve, que não aceitará a posição do governo em não atender às demandas da categoria que luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos e todas.
Outro ponto importante abordado durante as discussões na manhã desta sexta-feira, foi a aprovação dos presentes do uso do fundo de greve para as ações de solidariedade. A APROFURG já vem atuando diretamente no campus carreiros e nos outros campi da FURG, e a decisão da assembleia legitima a atuação solidária dos professores da universidade, através da Comissão de Solidariedade do Comando Local de Greve (CLG).
A presidenta da APROFURG, Marcia Umpierre, ressaltou a importância da mobilização e união da categoria para auxiliar as vítimas das enchentes. Lembrando do aspecto essencial do voluntariado, que é indispensável nas atividades diárias, para o acolhimento da comunidade mais vulnerável. E por isso, reforçou o convite para os docentes que quiserem e puderem se disponibilizar voluntariamente nas ações da Comissão da Solidariedade.
Assessoria de Comunicação APROFURG
Foto: APROFURG
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